quarta-feira, 29 de julho de 2015

Existe um vazio
inexplanável vazio
fora de órbita

e sem gravidade

metáfora nenhuma explica
mas, posso tentar como ninguém;
é como se eu não ligasse

mais para você

e tentasse de tudo
nadar para o fundo
das mentiras do mundo

e quisesse sem paz
que as estrelas caíssem
sobre nossos pés

como déjà vu.
uma fechadura
no olho do cu

abre toda aorta
mas, não existe máscara
e os portões trancados

a chave antiga
única que abria
pra sempre perdida.

agora, querida;
você dá corda na caixinha
e a bailarina rodopia.

Pierre Tenório

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