quarta-feira, 5 de agosto de 2015

MIRANTE

Entoarei canções de balão
à beira de fogueiras apagadas
esboçando a felicidade
nas dobraduras de não sorrisos.

Contemplarei o soneto das cordas
amarradas aos calcanhares
sentindo o chicotear nas costas
no profundo silêncio dos gritos.

Repousarei sobre mares de notas
como um peixe navega sem vida
entre ventos de sóis e chuvas
ressuscitando o amor todo encanto.

Pierre Tenório

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