à Albério
SEM SANGUE
saudade é psicopata
tortura
mas, não mata.
Pierre Tenório
terça-feira, 31 de dezembro de 2013
sábado, 14 de dezembro de 2013
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
domingo, 8 de dezembro de 2013
quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
BRONZE À DOR
de manhã
o sol
entregou-me
seus raios,
ardendo
em pintas,
gritando
bichadas
em plumas
viadas.
felicidade
alegre e
quase forjada.
acordei
mais um dia,
supergay
do que nunca
antes.
heroína.
o sol
queimando
minha
pele
em raios
de purpurina,
canseira na pele
feminina
quase lúcida,
apenas troco
o artigo.
espelho
do que
não minto,
reflito protetor,
arcanjo de
asas cortadas,
negras, galinha
preta
bronzeada.
refresco-me
em pingos
de água salgada,
no quintal
de casa,
pressão baixa.
elevo
minha solidária
inquietude
às aves de
rapina.
perduro ao
sol, nas MARgens
imaginárias,
torno-me
areia cinza
beirando a
caixa d'água,
no fim
da tarde.
Pierre Tenório
de manhã
o sol
entregou-me
seus raios,
ardendo
em pintas,
gritando
bichadas
em plumas
viadas.
felicidade
alegre e
quase forjada.
acordei
mais um dia,
supergay
do que nunca
antes.
heroína.
o sol
queimando
minha
pele
em raios
de purpurina,
canseira na pele
feminina
quase lúcida,
apenas troco
o artigo.
espelho
do que
não minto,
reflito protetor,
arcanjo de
asas cortadas,
negras, galinha
preta
bronzeada.
refresco-me
em pingos
de água salgada,
no quintal
de casa,
pressão baixa.
elevo
minha solidária
inquietude
às aves de
rapina.
perduro ao
sol, nas MARgens
imaginárias,
torno-me
areia cinza
beirando a
caixa d'água,
no fim
da tarde.
Pierre Tenório
segunda-feira, 2 de dezembro de 2013
sábado, 30 de novembro de 2013
PERSONIFICAR
Personagens
para você
não haveriam,
ocorreriam, caso
o rio destruísse
as barreirras que
só o mar desaba.
Desaguando
as entradas e saídas
da memória acesa,
apagada, invadida
pela fresta da imagem
nítida e lambuzada;
presente lapidado.
Dados lançados
à mesa repleta
em deuses,
forjados moleques,
leques melódicos e
afazeres.
Seres inóspitos
contemplam óculos.
Escuras almas
de branca pele
perdem o jogo e
carregam o prêmio.
Não existe a final, amor!
Pierre Tenório
Personagens
para você
não haveriam,
ocorreriam, caso
o rio destruísse
as barreirras que
só o mar desaba.
Desaguando
as entradas e saídas
da memória acesa,
apagada, invadida
pela fresta da imagem
nítida e lambuzada;
presente lapidado.
Dados lançados
à mesa repleta
em deuses,
forjados moleques,
leques melódicos e
afazeres.
Seres inóspitos
contemplam óculos.
Escuras almas
de branca pele
perdem o jogo e
carregam o prêmio.
Não existe a final, amor!
Pierre Tenório
ESCÁRNIO PALADAR
o sabor do início
é tão mélico,
que ao findo
precipício.
azedo
o sabor da mentira
é tão antigo,
que a verdade
seria castigo.
doce
o sabor do insípido
é tão gostoso,
que lamber rostos
para absorver impurezas
é o fardo favorito.
salgado
amar é impróprio;
amargo.
Pierre Tenório
é tão mélico,
que ao findo
precipício.
azedo
o sabor da mentira
é tão antigo,
que a verdade
seria castigo.
doce
o sabor do insípido
é tão gostoso,
que lamber rostos
para absorver impurezas
é o fardo favorito.
salgado
amar é impróprio;
amargo.
Pierre Tenório
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
domingo, 24 de novembro de 2013
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
ALTARES
fui dormir
com um tremendo
terceiro olho.
um soco
de tiro
na testa.
não era pólvora
ou fogo de palha,
era festinha
à fantasia.
mesmo assim,
não conseguia
enxergar o
abismo;
embora
já tivesse
morrido
afogado.
naquele frio
na barriga
de todas
as quedas.
Pierre Tenório
com um tremendo
terceiro olho.
um soco
de tiro
na testa.
não era pólvora
ou fogo de palha,
era festinha
à fantasia.
mesmo assim,
não conseguia
enxergar o
abismo;
embora
já tivesse
morrido
afogado.
naquele frio
na barriga
de todas
as quedas.
Pierre Tenório
domingo, 17 de novembro de 2013
FOFOCA EM CICLO ANIMAL
Tenhamos calma,
muita calma, vamos
à calma.
Onde a calma
mora e a calma chora
a água da falta de calma.
Calma baby, os segredos
nunca serão decotados ou
nitidamente revelados,
como os amores são desaguados
com muita calma,
precisão e classe.
Calma amor, só ela acalma,
hahaha.
É no cotidiano que o segredo
sujo é revelado, acalmado,
escondido, aclamado e apedrejado
pelas línguas que não são calmas.
Cade o café e a calma?
Odeio café e bebo com muito glamour.
Por hora tenha calma,
porra, agora não tem mais jeito,
leito ou sentimentos perfeitos.
Não tem Krishna, nem rima,
olfato ou naturalíssimas crinas,
cavalgam as vacas magras de filosofias
elefantes, Ganeshas,
ultrajes sem nenhum rigor,
antiguidade. Reais desvalorizados,
uma dolinha de dez miada.
Agora nem eu sei mais o que é.
Será que sou fã da desgraça
ou da vagina?
Será que sou maldita
ou perseguida?
O único professor que
eu conheço são as situações.
Calma senhora,
o ônibus já vai chegar e
te levará com muito gosto
numa viagem ao passado.
Calma virgem que
o seu rombo vai colher
as flores do jardim,
perfurando as regras do
teu regresso às cores
inenarráveis do espinho.
Santa calma.
Calma hipócrita, a poesia
é longa e sem noção de espaço,
cumprimento ou métrica, no entanto,
todavia, quase ao ritmo me permito,
sem respeito, defeito,
ela tem educação, a poesia faz sentido,
os poemas não, as vezes é,
as vezes não, a poesia é cão sem vírgulas,
espirro que vai e volta sem normas.
Vagabunda sem alma!
Significando o esperma à beira da buceta atormentada,
decidindo se sai ou entra, se levanta ou senta.
Ridículos e hipertensos são os livros
não lidos ou as vidas passadas,
ultrapassadas, corpos não realizados
ou marginais compadecidos?
-Passa pra dentro de casa. não me toca vadia, vou me banhar.
Vagabunda.
É pelo rabo que os cães demonstram os sentimentos.
Atenção,
tem uma brecha no chuveiro.
Se eu fosse o passado,
cometeria o desfrute de
comer futuros.
Beijos.
Policiais disfarçados desfalcam.
Entregadores de pizza derramam
muito molho sobre as gorjetas.
A entrega a alma não,
a calma que se instala na
vista beirando o sol.
E quantas facas
desfalcam faces em luz vermelha?
Olhos verdes
cegos de sorriso amarelo.
Pierre Tenório
Tenhamos calma,
muita calma, vamos
à calma.
Onde a calma
mora e a calma chora
a água da falta de calma.
Calma baby, os segredos
nunca serão decotados ou
nitidamente revelados,
como os amores são desaguados
com muita calma,
precisão e classe.
Calma amor, só ela acalma,
hahaha.
É no cotidiano que o segredo
sujo é revelado, acalmado,
escondido, aclamado e apedrejado
pelas línguas que não são calmas.
Cade o café e a calma?
Odeio café e bebo com muito glamour.
Por hora tenha calma,
porra, agora não tem mais jeito,
leito ou sentimentos perfeitos.
Não tem Krishna, nem rima,
olfato ou naturalíssimas crinas,
cavalgam as vacas magras de filosofias
elefantes, Ganeshas,
ultrajes sem nenhum rigor,
antiguidade. Reais desvalorizados,
uma dolinha de dez miada.
Agora nem eu sei mais o que é.
Será que sou fã da desgraça
ou da vagina?
Será que sou maldita
ou perseguida?
O único professor que
eu conheço são as situações.
Calma senhora,
o ônibus já vai chegar e
te levará com muito gosto
numa viagem ao passado.
Calma virgem que
o seu rombo vai colher
as flores do jardim,
perfurando as regras do
teu regresso às cores
inenarráveis do espinho.
Santa calma.
Calma hipócrita, a poesia
é longa e sem noção de espaço,
cumprimento ou métrica, no entanto,
todavia, quase ao ritmo me permito,
sem respeito, defeito,
ela tem educação, a poesia faz sentido,
os poemas não, as vezes é,
as vezes não, a poesia é cão sem vírgulas,
espirro que vai e volta sem normas.
Vagabunda sem alma!
Significando o esperma à beira da buceta atormentada,
decidindo se sai ou entra, se levanta ou senta.
Ridículos e hipertensos são os livros
não lidos ou as vidas passadas,
ultrapassadas, corpos não realizados
ou marginais compadecidos?
-Passa pra dentro de casa. não me toca vadia, vou me banhar.
Vagabunda.
É pelo rabo que os cães demonstram os sentimentos.
Atenção,
tem uma brecha no chuveiro.
Se eu fosse o passado,
cometeria o desfrute de
comer futuros.
Beijos.
Policiais disfarçados desfalcam.
Entregadores de pizza derramam
muito molho sobre as gorjetas.
A entrega a alma não,
a calma que se instala na
vista beirando o sol.
E quantas facas
desfalcam faces em luz vermelha?
Olhos verdes
cegos de sorriso amarelo.
Pierre Tenório
quinta-feira, 14 de novembro de 2013
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
sábado, 9 de novembro de 2013
SÍNDROME
Apanhei com os dedos,
cinzas borralhas
que desastrosamente ousei
derrubar.
Estranhei os traços grotescos
miragem encantadora,
sem sentimentos
em par.
Sequei manchas
do corpo adormecido,
que não escolhe um ardor
para amar.
Fugi da terra esquecida
levando poesia,
que desprende
rastros deixar.
Pierre Tenório
cinzas borralhas
que desastrosamente ousei
derrubar.
Estranhei os traços grotescos
miragem encantadora,
sem sentimentos
em par.
Sequei manchas
do corpo adormecido,
que não escolhe um ardor
para amar.
Fugi da terra esquecida
levando poesia,
que desprende
rastros deixar.
Pierre Tenório
sexta-feira, 8 de novembro de 2013
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
FOFURINHA SAUDOSA
a coisa mais
bonita que
existiu, agora
faz doer
o coração,
dor daquelas
que abate
todo tipo
de reação.
tem gente
que chama
morte,
outros chamam
de paixão,
eu chamo de
eternidade,
porque amor
não morre não.
Pierre Tenório
http://m.youtube.com/watch?v=3CP6DH92Bww&desktop_uri=%2Fwatch%3Fv%3D3CP6DH92Bww
a coisa mais
bonita que
existiu, agora
faz doer
o coração,
dor daquelas
que abate
todo tipo
de reação.
tem gente
que chama
morte,
outros chamam
de paixão,
eu chamo de
eternidade,
porque amor
não morre não.
Pierre Tenório
http://m.youtube.com/watch?v=3CP6DH92Bww&desktop_uri=%2Fwatch%3Fv%3D3CP6DH92Bww
terça-feira, 5 de novembro de 2013
Pingos de chuva
Aquecido me impunha;
reavivo, esquecido penumbro.
Recrio.
Entre as paredes
inquieto, suspiro
solo fértil.
Digerido.
Sereia, nada.
Rei ao mito
sozinho.
Fito águas claras.
Pierre Tenório
http://m.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Fwww.youtube.com%2Fwatch%3Fv%3DAuKl_L3STNQ&h=4AQHo3x5V&s=1
reavivo, esquecido penumbro.
Recrio.
Entre as paredes
inquieto, suspiro
solo fértil.
Digerido.
Sereia, nada.
Rei ao mito
sozinho.
Fito águas claras.
Pierre Tenório
http://m.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Fwww.youtube.com%2Fwatch%3Fv%3DAuKl_L3STNQ&h=4AQHo3x5V&s=1
sábado, 2 de novembro de 2013
ALMA PENALIZADA
Mestre na arte da ideia,
sou peste alastrada
pelos rios venosos da mentira.
Sou tira, e disparo
espermas para todos os lados,
arestas, vértices e rumos.
Camisa de força,
amarro a forca e
me lanço em precipícios
de um metro e meio.
Mergulho.
Ouço desfalecer
a memória fraca.
Típico decesso
diário, definho nos excessos
sem pena.
Ao fim, nado.
Pierre Tenório
http://www.youtube.com/watch?v=tBzlhIYELeM
sou peste alastrada
pelos rios venosos da mentira.
Sou tira, e disparo
espermas para todos os lados,
arestas, vértices e rumos.
Camisa de força,
amarro a forca e
me lanço em precipícios
de um metro e meio.
Mergulho.
Ouço desfalecer
a memória fraca.
Típico decesso
diário, definho nos excessos
sem pena.
Ao fim, nado.
Pierre Tenório
http://www.youtube.com/watch?v=tBzlhIYELeM
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
esperei tanto, esperei
chegares perfumado,
horas aflito,
sonhei com teus olhos
cegos.
sei que você sabe
me enganar,
mas agora
tenho medo da estrada,
temo tuas flores.
esperei dias
e ficarei aqui
sentado,
quem sabe um dia
passe.
Pierre Tenório
http://m.youtube.com/watch?feature=youtube_gdata_player&v=3CQDwfh9XLc&desktop_uri=%2Fwatch%3Fv%3D3CQDwfh9XLc%26feature%3Dyoutube_gdata_player
chegares perfumado,
horas aflito,
sonhei com teus olhos
cegos.
sei que você sabe
me enganar,
mas agora
tenho medo da estrada,
temo tuas flores.
esperei dias
e ficarei aqui
sentado,
quem sabe um dia
passe.
Pierre Tenório
http://m.youtube.com/watch?feature=youtube_gdata_player&v=3CQDwfh9XLc&desktop_uri=%2Fwatch%3Fv%3D3CQDwfh9XLc%26feature%3Dyoutube_gdata_player
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
terça-feira, 29 de outubro de 2013
PIQUENIQUE
ente a raiz
e as gramas,
o poema
lancha a dama.
--------------------------------------
Invasões Antropofágicas
Homens
plantam sementes,
enquanto devoram
a própria mente.
Homens
amam mulheres,
enquanto devoram
flores nascentes.
Invade a mulher
o homem,
pintando a casa,
permuta nomes.
Lavando roupas
Invade o homem
a mulher,
que gestante;
não sabe o que é.
Transcorpos homônimos
reluzem
animais selvagens.
Pierre Tenório
http://m.youtube.com/watch?v=quSVuBAZh4M&desktop_uri=%2Fwatch%3Fv%3DquSVuBAZh4M
ente a raiz
e as gramas,
o poema
lancha a dama.
--------------------------------------
Invasões Antropofágicas
Homens
plantam sementes,
enquanto devoram
a própria mente.
Homens
amam mulheres,
enquanto devoram
flores nascentes.
Invade a mulher
o homem,
pintando a casa,
permuta nomes.
Lavando roupas
Invade o homem
a mulher,
que gestante;
não sabe o que é.
Transcorpos homônimos
reluzem
animais selvagens.
Pierre Tenório
http://m.youtube.com/watch?v=quSVuBAZh4M&desktop_uri=%2Fwatch%3Fv%3DquSVuBAZh4M
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
DE NOVO AMOR
aprisionado
(entre parênteses)
morre num haicai.
RE(P(O(U(SOU)
venho, vou
dou voltas.
ia, iria,
vinho.
curvo, corvo
devoro.
cego pisco,
desmistifico.
voo cintilo.
devoto, declaro,
devoro.
declino, quebrado
espinho.
solfejo, perduro,
despetalo.
sou fresco, desafino,
alumio.
derroto calafrio.
prezo, na pressa
definho.
prosa, preço
derreto.
ao sol
caminho, preciso
de um lugar escuro.
alumínio alumbro.
Pierre Tenório
2 DOSES
http://www.youtube.com/watch?v=5s85a-fAwaI
http://www.youtube.com/watch?v=a7CTo2-bAA8
aprisionado
(entre parênteses)
morre num haicai.
RE(P(O(U(SOU)
venho, vou
dou voltas.
ia, iria,
vinho.
curvo, corvo
devoro.
cego pisco,
desmistifico.
voo cintilo.
devoto, declaro,
devoro.
declino, quebrado
espinho.
solfejo, perduro,
despetalo.
sou fresco, desafino,
alumio.
derroto calafrio.
prezo, na pressa
definho.
prosa, preço
derreto.
ao sol
caminho, preciso
de um lugar escuro.
alumínio alumbro.
Pierre Tenório
2 DOSES
http://www.youtube.com/watch?v=5s85a-fAwaI
http://www.youtube.com/watch?v=a7CTo2-bAA8
domingo, 27 de outubro de 2013
Estrelas, Cometas e Asteroides
Dias de penumbra
Noites ensolaradas.
Tempo lento que passa
trazendo em versos
a boa praga.
Causando estranhamento
aos olhos,
motivando palpitações cardíacas,
lavando a alma sebosa.
Banhando em sombras,
azul claro
e escuro.
Pierre Tenório
Noites ensolaradas.
Tempo lento que passa
trazendo em versos
a boa praga.
Causando estranhamento
aos olhos,
motivando palpitações cardíacas,
lavando a alma sebosa.
Banhando em sombras,
azul claro
e escuro.
Pierre Tenório
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
BANHO DE CUIA
Lamberia teus pés
Canelas
Panturrilhas
Joelhos
Coxas
Entre coxas
Veias
Virilhas
Voltaria e lamberia as tornozeleiras
Beijaria tuas mãos
Roeria as unhas
Como uma luva
Afagaria-te tanto
Seria sem dúvidas
a roupa de guerra
Indispensável adorno
Amigo inimigo
Inenarrável, as vezes
Puta de repente,mas tua
teus órgãos mastigaria
Como a um bebê
Lavaria tua bunda
Morderia as gorduras da barriga
Repousaria em travesseiro suado
e felpudo
Dançaria as batidas da tua vida
Até o pescoço, sentiria teu cheiro
Até o teu rosto, me perderia
Queixo
Boca
Língua
Beijo
Sopro
Cheiro
Óculos escuros
Esfregando das sobrancelhas
aos cabelos
Escorreria espuma
Corpo inteiro
Ao ralo.
Pierre Tenório
http://www.youtube.com/watch?v=XnIUVHtLC08
Canelas
Panturrilhas
Joelhos
Coxas
Entre coxas
Veias
Virilhas
Voltaria e lamberia as tornozeleiras
Beijaria tuas mãos
Roeria as unhas
Como uma luva
Afagaria-te tanto
Seria sem dúvidas
a roupa de guerra
Indispensável adorno
Amigo inimigo
Inenarrável, as vezes
Puta de repente,mas tua
teus órgãos mastigaria
Como a um bebê
Lavaria tua bunda
Morderia as gorduras da barriga
Repousaria em travesseiro suado
e felpudo
Dançaria as batidas da tua vida
Até o pescoço, sentiria teu cheiro
Até o teu rosto, me perderia
Queixo
Boca
Língua
Beijo
Sopro
Cheiro
Óculos escuros
Esfregando das sobrancelhas
aos cabelos
Escorreria espuma
Corpo inteiro
Ao ralo.
Pierre Tenório
http://www.youtube.com/watch?v=XnIUVHtLC08
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
3 em 1
VACINA
os cães estão livres
da forca,
não das coleiras.
SENHOR PERFEITO
tanto quis perfeição/
que perdeu/
as eleições.
NA CALÇADA
muitos grilos matou
e finalmente surda,
a velhinha infartou.
Pierre Tenório
os cães estão livres
da forca,
não das coleiras.
SENHOR PERFEITO
tanto quis perfeição/
que perdeu/
as eleições.
NA CALÇADA
muitos grilos matou
e finalmente surda,
a velhinha infartou.
Pierre Tenório
terça-feira, 22 de outubro de 2013
https://fbcdn-sphotos-h-a.akamaihd.net/hphotos-ak-ash4/1383532_575454179176245_33171972_n.jpg
NOVO ENDEREÇO
de tanto mudar,
os móveis
andam sozinhos.
Pierre Tenório
de tanto mudar,
os móveis
andam sozinhos.
Pierre Tenório
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
domingo, 20 de outubro de 2013
desculpa
Tinha pensado uma coisa, pensei outra,
eu havia perdido o teu poema,
aquele que escrevi pra ti.
Não sei pra onde ir, nem se deveria,
ou me atreveria.
Prefiro me queimar, me molhar, me despir,
me trancar e te guardar ali, na brecha
da porta entreaberta, no ferrugem do ferrolho,
no esmalte preto que esvai.
Teria os teus dedos em minhas mãos,
gostaria tanto de tê-los, eu amaria.
Penso tanto, tanto, tanto que despenco,
não sei mais, estou perdido.
Estou infame, insípido.
Idiota escrevo, bebo, tanto bebo, esperaria.
Um qualquer, acordo, velejo nos sonhos,
velejo nos teus sonhos,
velejo nos meus sonhos,
sonho e te vejo.
Venho e vou, te digo e me calo,
te amaria talvez, mas, tenho certeza disso.
O pior é isso.
Cantaria, te cantaria dezenas de vezes,
cantaria pra ti a qualquer hora,
ficaria sem palavras, sem voz.
Confesso que não tenho coragem
de encarar os teus olhos,
seria demais não adora-los.
Repito os mesmos movimentos
a cada madrugada, não reclamo.
Idealizo e materializo os teus olhos.
Tudo seria pior
ao contrário.
Pierre Tenório
eu havia perdido o teu poema,
aquele que escrevi pra ti.
Não sei pra onde ir, nem se deveria,
ou me atreveria.
Prefiro me queimar, me molhar, me despir,
me trancar e te guardar ali, na brecha
da porta entreaberta, no ferrugem do ferrolho,
no esmalte preto que esvai.
Teria os teus dedos em minhas mãos,
gostaria tanto de tê-los, eu amaria.
Penso tanto, tanto, tanto que despenco,
não sei mais, estou perdido.
Estou infame, insípido.
Idiota escrevo, bebo, tanto bebo, esperaria.
Um qualquer, acordo, velejo nos sonhos,
velejo nos teus sonhos,
velejo nos meus sonhos,
sonho e te vejo.
Venho e vou, te digo e me calo,
te amaria talvez, mas, tenho certeza disso.
O pior é isso.
Cantaria, te cantaria dezenas de vezes,
cantaria pra ti a qualquer hora,
ficaria sem palavras, sem voz.
Confesso que não tenho coragem
de encarar os teus olhos,
seria demais não adora-los.
Repito os mesmos movimentos
a cada madrugada, não reclamo.
Idealizo e materializo os teus olhos.
Tudo seria pior
ao contrário.
Pierre Tenório
sábado, 19 de outubro de 2013
UVA VERDE
hora anseio,
dispondo o tempo,
despindo a vida.
tirando a roupa
vestindo a roupa
tirando a roupa
vestindo a roupa
em instalações vinícolas,
tanques de concreto e de inox,
barris de carvalho ou
lagares de mármore
despejo meu peito
e meus órgãos,
declino.
me banho.
desenho em tuas veias
os traços das almas
penadas.
peso em teus sonhos,
te banho.
bebo tuas pegadas
nos meus caminhos,
gosto de ser amada
mais ainda quando
mastigas.
embriagando-te.
Pierre Tenório
dispondo o tempo,
despindo a vida.
tirando a roupa
vestindo a roupa
tirando a roupa
vestindo a roupa
em instalações vinícolas,
tanques de concreto e de inox,
barris de carvalho ou
lagares de mármore
despejo meu peito
e meus órgãos,
declino.
me banho.
desenho em tuas veias
os traços das almas
penadas.
peso em teus sonhos,
te banho.
bebo tuas pegadas
nos meus caminhos,
gosto de ser amada
mais ainda quando
mastigas.
embriagando-te.
Pierre Tenório
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
Bengala
Existem três tipos de pessoas,
as que nascem exclusivamente pra amar,
as que nascem para esnobar e
tem gente que tão simplesmente nasce
para tampar os buracos dos corações despedaçados.
O sujeito não sofre, não chora (não em público),
as vezes fala algo por instinto, mas, nada que se aproveite.
É sem dúvidas bom de cama, carinhoso,
um ótimo stand by e excelente em algumas coisas,
(trocar lâmpadas, ir ao mercado, consertar coisas...é mestre em consertos),
se contenta com pouco,
ou tanto faz,
as vezes opina. (de bom grado)
Pouco ostenta.
O ser até tenta se apegar (as vezes consegue),
esquecendo que sua função vital é plena e unicamente de
curativo,
tijolo,
mandinga,
coringa,
espinha,
obturação,
band-aid,
remendo,
gole de cachaça,
casca de banana,
durepox,
esparadrapo,
massa de modelar ou
qualquer coisa que ocupe um espaço vazio,
suco de laranja,
aplicativo,
caractere,
música.
Vamos materializa-lo em caco de pedra
(já que se fosse de vidro só pioraria a situação)
para concluirmos a anedota.
Depois de cumprir sua missão,
certificado que a casa está devidamente reformada,
o pedregulho tenta alojar-se
como parte integral da construção, mas,
é tarde demais,
esqueceu que não pagara aluguel a meses
e é simplesmente despejado.
Pelos meio fios das ruas suburbanas,
caminha solitário, amargo e duro,
é aproveitado e reaproveitado até sua velhice,
quando para sua esperança
é encontrado por um grupo de crianças
que decide brincar de amarelinha.
Pierre Tenório
as que nascem exclusivamente pra amar,
as que nascem para esnobar e
tem gente que tão simplesmente nasce
para tampar os buracos dos corações despedaçados.
O sujeito não sofre, não chora (não em público),
as vezes fala algo por instinto, mas, nada que se aproveite.
É sem dúvidas bom de cama, carinhoso,
um ótimo stand by e excelente em algumas coisas,
(trocar lâmpadas, ir ao mercado, consertar coisas...é mestre em consertos),
se contenta com pouco,
ou tanto faz,
as vezes opina. (de bom grado)
Pouco ostenta.
O ser até tenta se apegar (as vezes consegue),
esquecendo que sua função vital é plena e unicamente de
curativo,
tijolo,
mandinga,
coringa,
espinha,
obturação,
band-aid,
remendo,
gole de cachaça,
casca de banana,
durepox,
esparadrapo,
massa de modelar ou
qualquer coisa que ocupe um espaço vazio,
suco de laranja,
aplicativo,
caractere,
música.
Vamos materializa-lo em caco de pedra
(já que se fosse de vidro só pioraria a situação)
para concluirmos a anedota.
Depois de cumprir sua missão,
certificado que a casa está devidamente reformada,
o pedregulho tenta alojar-se
como parte integral da construção, mas,
é tarde demais,
esqueceu que não pagara aluguel a meses
e é simplesmente despejado.
Pelos meio fios das ruas suburbanas,
caminha solitário, amargo e duro,
é aproveitado e reaproveitado até sua velhice,
quando para sua esperança
é encontrado por um grupo de crianças
que decide brincar de amarelinha.
Pierre Tenório
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
na parede
o cheiro de sangue
coagulado no crucifixo,
ressuscita
a sede de vingança.
a mãe que perde
o filho por um tiro,
vigília justiça
sem nenhuma esperança.
Pierre Tenório
coagulado no crucifixo,
ressuscita
a sede de vingança.
a mãe que perde
o filho por um tiro,
vigília justiça
sem nenhuma esperança.
Pierre Tenório
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
TRAMPOLIM
Em leito de pedras
de mármore,
suor do teu corpo
banhando-me,
ao gosto desse
vai e vem.
Percebo o mar
na piscina,
quando Sol
espelha a sina,
do meu despertar
sem ninguém.
Pierre Tenório
de mármore,
suor do teu corpo
banhando-me,
ao gosto desse
vai e vem.
Percebo o mar
na piscina,
quando Sol
espelha a sina,
do meu despertar
sem ninguém.
Pierre Tenório
terça-feira, 15 de outubro de 2013
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
Retoque
Não preciso de cocaína para ser esquisita,
todavia, uso pó de arroz,
ajuda a disfarçar as marcas do tempo que perco de graça
fazendo outras bobagens espalhafatosas.
Heroína, salvo fonemas.
Como Gueisha ocidental pós moderna;
sou real,
perturbo corações proibidos
aprisionados a fortuna divina atemporal.
Iludo, me iludo,
novamente vice-versa.
Luto.
Anti- verborrágica, sou cadela romântica,
vacina avessa de neurônios esfumaçados e bem humorados.
Várias caretas faço, faço poemas,
fumo cigarro eletrônico,
Não atendo celular, atento às células.
Fico quieta, sou chata,
de graça brinco de humildade, às vezes.
Herética, profana, esperta.
Bebo drinks, constato calada, reparo, também sou falsa.
Penso mais merda do que falo, pouco falo,
falo no olho, descarada,
cara de pau,
inspiro, bafejo lento,
me sinto livre,
safada, osso duro embaixo do short,
afago de mentira.
Sou fictícia.
Na esquina de corselet apertado, cobro caro,
falo com cachorros, as vezes lato,
finjo de morta, sonsa.
Sou curta-metragem, sucinta.
Fálica, mágica.
Me alegam fina e olhando de cima,
enojo as línguas.
Farsa.
Abandonada, saia longa, cintura alta,
espero táxi,
bebo cachaça, fico em casa,
abraço travesseiros,
não uso joias
e sou viciada em retocar a maquiagem.
Me acho feia, porém, linda.
Pierre Tenório
todavia, uso pó de arroz,
ajuda a disfarçar as marcas do tempo que perco de graça
fazendo outras bobagens espalhafatosas.
Heroína, salvo fonemas.
Como Gueisha ocidental pós moderna;
sou real,
perturbo corações proibidos
aprisionados a fortuna divina atemporal.
Iludo, me iludo,
novamente vice-versa.
Luto.
Anti- verborrágica, sou cadela romântica,
vacina avessa de neurônios esfumaçados e bem humorados.
Várias caretas faço, faço poemas,
fumo cigarro eletrônico,
Não atendo celular, atento às células.
Fico quieta, sou chata,
de graça brinco de humildade, às vezes.
Herética, profana, esperta.
Bebo drinks, constato calada, reparo, também sou falsa.
Penso mais merda do que falo, pouco falo,
falo no olho, descarada,
cara de pau,
inspiro, bafejo lento,
me sinto livre,
safada, osso duro embaixo do short,
afago de mentira.
Sou fictícia.
Na esquina de corselet apertado, cobro caro,
falo com cachorros, as vezes lato,
finjo de morta, sonsa.
Sou curta-metragem, sucinta.
Fálica, mágica.
Me alegam fina e olhando de cima,
enojo as línguas.
Farsa.
Abandonada, saia longa, cintura alta,
espero táxi,
bebo cachaça, fico em casa,
abraço travesseiros,
não uso joias
e sou viciada em retocar a maquiagem.
Me acho feia, porém, linda.
Pierre Tenório
submundo
morrer sozinho,
sem rima pra acompanhar
tortuoso destino,
pra engasgar tem vinho.
na lama,
apagando as delícias
de um amor à primeira lida,
sem grana pra pagar, sem borracha.
lastimo
não nutrir tua vaidade,
já que exímio
mentes
pra imaginar
o que deveras sinto.
no cansaço das palavras,
descansar o que
do verbo,
verbo jaz.
matei um grilo, Deus me perdoe,
terei que matar outro.
Pierre Tenório
http://www.youtube.com/watch?v=QybIFNOH9rg
sem rima pra acompanhar
tortuoso destino,
pra engasgar tem vinho.
na lama,
apagando as delícias
de um amor à primeira lida,
sem grana pra pagar, sem borracha.
lastimo
não nutrir tua vaidade,
já que exímio
mentes
pra imaginar
o que deveras sinto.
no cansaço das palavras,
descansar o que
do verbo,
verbo jaz.
matei um grilo, Deus me perdoe,
terei que matar outro.
Pierre Tenório
http://www.youtube.com/watch?v=QybIFNOH9rg
sábado, 12 de outubro de 2013
castelo de areia
submersa incandescente
pérola negra brilha
salgada
pescoço encharcado
aguarda língua
em alto mar
és rei,
e nada mais.
Pierre
http://www.youtube.com/watch?v=s3PlSUUzzbM
pérola negra brilha
salgada
pescoço encharcado
aguarda língua
em alto mar
és rei,
e nada mais.
Pierre
http://www.youtube.com/watch?v=s3PlSUUzzbM
sexta-feira, 11 de outubro de 2013
VIGIA NOTURNO
não guardo mágoas
ando nas noites
ouço fantasmas.
não guardo versos
sou guarda
vejo amantes
sinto calor
vanguarda.
calo armas
evito dor
sofro calado
na lua vago, ao lado.
afago dardos
de amargos
ouço barulhos
ossos omissos
prelúdio
fecho ferrolhos
desejo cama sem vaidade.
tranco a paz
para insana
utiliza-la aos poucos
sou leal ao sol.
Pierre Tenório
não guardo mágoas
ando nas noites
ouço fantasmas.
não guardo versos
sou guarda
vejo amantes
sinto calor
vanguarda.
calo armas
evito dor
sofro calado
na lua vago, ao lado.
afago dardos
de amargos
ouço barulhos
ossos omissos
prelúdio
fecho ferrolhos
desejo cama sem vaidade.
tranco a paz
para insana
utiliza-la aos poucos
sou leal ao sol.
Pierre Tenório
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
cantada
muitas músicas
letras soníferas
até piscadas.
poemas como este
inúteis cromáticos
adormecem o brilho dos olhos.
pedreiros 'encimentam'
concretos sorrisos
ao sol escaldante
quebrando tijolos
em construções civis.
ponteiros
em quase silêncio
cercam o eixo
do meio tempo.
eis a melhor resposta para uma.
Pierre
letras soníferas
até piscadas.
poemas como este
inúteis cromáticos
adormecem o brilho dos olhos.
pedreiros 'encimentam'
concretos sorrisos
ao sol escaldante
quebrando tijolos
em construções civis.
ponteiros
em quase silêncio
cercam o eixo
do meio tempo.
eis a melhor resposta para uma.
Pierre
terça-feira, 8 de outubro de 2013
Importantes momentos interessantes,
momentos pensantes, instantes.
Instantes inconstantes, quase improváveis.
Segundos em meio aos olhos atentos,
esqueçem a atenção, em camera lenta passam rapidamente em
segundos despercebidos.
Cabides penduram os pensamentos perdidos,
que aguardam anonimos.
Sinonimos antônimos, aparentes,
mentes interligadas,
como em polegadas de alguma TV preto em branco, queimada.
Mendiga nosso amor como eu imploro toda vida, diariamente, teu sabor,
insípido desejo em meus lábios, vazios.
Rios inteiros, de memórias atormentadas pela paz que exalas,
condicionada aos segundos, há tempo!
Pierre
momentos pensantes, instantes.
Instantes inconstantes, quase improváveis.
Segundos em meio aos olhos atentos,
esqueçem a atenção, em camera lenta passam rapidamente em
segundos despercebidos.
Cabides penduram os pensamentos perdidos,
que aguardam anonimos.
Sinonimos antônimos, aparentes,
mentes interligadas,
como em polegadas de alguma TV preto em branco, queimada.
Mendiga nosso amor como eu imploro toda vida, diariamente, teu sabor,
insípido desejo em meus lábios, vazios.
Rios inteiros, de memórias atormentadas pela paz que exalas,
condicionada aos segundos, há tempo!
Pierre
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
domingo, 6 de outubro de 2013
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
Livros agradam qualquer prateleira, encantam qualquer ser humano, mesmo que enfileirados em cores estratégicas, até os empoeirados tem seu charme.
Quando começo a ler páginas muito ricas em números de fonemas, eles começam a circular como espirais hipnóticos e quando percebo, tatuei minha própria folha, uma tatuagem sobre a outra, cada uma mais ridícula que a outra, sobrepunha cores na tentativa inútil de apagar o negro que não mais tinha forma alguma. Não tenho paciência para delongas, na maioria das vezes, é ridículo.
Pra compensar tal devaneio, vejo filmes e filmes cheios de legendas, as quais, às vezes preciso voltar para acompanhar o contexto e a cena, sou meio lento mesmo, frase por frase lanço os olhos na expressão concreta, que na maioria das vezes, é uma merda, quando dá tempo. Como forma de martírio, vejo filmes nacionais com legenda, dublados me enojam, poluição sonora, quando os musicais são dublados a coisa fede muito por alguns minutos.
Adoro julgar livros pela capa, os leio até perceber que as linhas permanecem retas.
Poemas, ah, poemas. (suspiro)
Não costumo julgar as pessoas pela capa, já que alguns gênios expressam suas dores através dela, não levam o menor jeito para combinar as peças, além de que isso seria um insulto, coisa de bicha, bem viada, até prefiro os que nem tentam. É deles que eu gosto.
A poesia da música, qualquer tipo de linguagem expressada é admissível, nem que seja por alguns minutos, o importante mesmo são as transformações que sofremos ao nos abrirmos a absorção de cada experiência adquirida. Experimentar é essencial.
Tem gente que nasce pra inspirar os outros, outros são abduzidos, tem gente reflexiva e os mais engraçados e bem sucedidos são os que estampam as capas de revistas pornográficas e rótulos de suplementos alimentares. Enquanto algumas coisas morrem, outras nascem.
Por via das dúvidas me apego à ancestralidade, não se julga um livro pelo primeiro poema, nem que ele seja perfeito apenas pela primeira poesia, a capa.
Eis a minha tara!
Pierre Tenório
Quando começo a ler páginas muito ricas em números de fonemas, eles começam a circular como espirais hipnóticos e quando percebo, tatuei minha própria folha, uma tatuagem sobre a outra, cada uma mais ridícula que a outra, sobrepunha cores na tentativa inútil de apagar o negro que não mais tinha forma alguma. Não tenho paciência para delongas, na maioria das vezes, é ridículo.
Pra compensar tal devaneio, vejo filmes e filmes cheios de legendas, as quais, às vezes preciso voltar para acompanhar o contexto e a cena, sou meio lento mesmo, frase por frase lanço os olhos na expressão concreta, que na maioria das vezes, é uma merda, quando dá tempo. Como forma de martírio, vejo filmes nacionais com legenda, dublados me enojam, poluição sonora, quando os musicais são dublados a coisa fede muito por alguns minutos.
Adoro julgar livros pela capa, os leio até perceber que as linhas permanecem retas.
Poemas, ah, poemas. (suspiro)
Não costumo julgar as pessoas pela capa, já que alguns gênios expressam suas dores através dela, não levam o menor jeito para combinar as peças, além de que isso seria um insulto, coisa de bicha, bem viada, até prefiro os que nem tentam. É deles que eu gosto.
A poesia da música, qualquer tipo de linguagem expressada é admissível, nem que seja por alguns minutos, o importante mesmo são as transformações que sofremos ao nos abrirmos a absorção de cada experiência adquirida. Experimentar é essencial.
Tem gente que nasce pra inspirar os outros, outros são abduzidos, tem gente reflexiva e os mais engraçados e bem sucedidos são os que estampam as capas de revistas pornográficas e rótulos de suplementos alimentares. Enquanto algumas coisas morrem, outras nascem.
Por via das dúvidas me apego à ancestralidade, não se julga um livro pelo primeiro poema, nem que ele seja perfeito apenas pela primeira poesia, a capa.
Eis a minha tara!
Pierre Tenório
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
tanta vida antecipada
já não tenho os mesmos dentes
já não canto como antes.
tanta letra enclausurada
já não falo quase nada
já não ligo pra ninguém.
tantos eu(s em) ti
quanto tu em nós
já não sinto mais
o que em mim destróis.
tanta vida ameaçada
e eu aqui soprando rimas
pobrezinhas
que não servirão caladas.
Pierre Tenório
já não tenho os mesmos dentes
já não canto como antes.
tanta letra enclausurada
já não falo quase nada
já não ligo pra ninguém.
tantos eu(s em) ti
quanto tu em nós
já não sinto mais
o que em mim destróis.
tanta vida ameaçada
e eu aqui soprando rimas
pobrezinhas
que não servirão caladas.
Pierre Tenório
domingo, 29 de setembro de 2013
sexta-feira, 27 de setembro de 2013
Muita cafonice junta, (excita), maconha forte, fumaça forte.
Romances, amor (excita).
Ah, tanta fumaça junta parece nuvem, tanto profissional por aí (excita), tanto otário calado, tanto pai de família desesperado. Máscara de xoxota cabeluda pro baile de carnaval.
Ódio excita.
Ai, ai, aquela camisa hollister cheia de músculos. (excita)
Aquele murro na cara delicioso, aquele cara de mala, aqueles tantos que querem um traseiro malfeito. (excitam)
Shortinho do tchan, show das powerpuff girls, burrice. (excita muito)
Zoofilia, pedagogia musical, poesia, poetas, bossa nova, hippies.
Hippies excitam, dreads excitam, grude excita.
Cerveja, água, cerveja. (excita)
Pedras preciosas, magia branca, negra, multicultural.
Dinheiro, muito dinheiro. (excita)
Água salgada, escravos e instrumentistas excitam.
Ser doutor, ir pro exterior, ser idiota em outra língua, também excita.
Olhos, palavras, palavras e palavras excitam.
Sol quente, punheta, lua, teatro do absurdo, do sonhador, da lua, do caralho (excita e ponto).
O passado excita.
O silêncio excita.
O palhaço excita.
Tô puto da vida!
Pierre Tenório
Romances, amor (excita).
Ah, tanta fumaça junta parece nuvem, tanto profissional por aí (excita), tanto otário calado, tanto pai de família desesperado. Máscara de xoxota cabeluda pro baile de carnaval.
Ódio excita.
Ai, ai, aquela camisa hollister cheia de músculos. (excita)
Aquele murro na cara delicioso, aquele cara de mala, aqueles tantos que querem um traseiro malfeito. (excitam)
Shortinho do tchan, show das powerpuff girls, burrice. (excita muito)
Zoofilia, pedagogia musical, poesia, poetas, bossa nova, hippies.
Hippies excitam, dreads excitam, grude excita.
Cerveja, água, cerveja. (excita)
Pedras preciosas, magia branca, negra, multicultural.
Dinheiro, muito dinheiro. (excita)
Água salgada, escravos e instrumentistas excitam.
Ser doutor, ir pro exterior, ser idiota em outra língua, também excita.
Olhos, palavras, palavras e palavras excitam.
Sol quente, punheta, lua, teatro do absurdo, do sonhador, da lua, do caralho (excita e ponto).
O passado excita.
O silêncio excita.
O palhaço excita.
Tô puto da vida!
Pierre Tenório
quinta-feira, 19 de setembro de 2013
quarta-feira, 11 de setembro de 2013
quarta-feira, 4 de setembro de 2013
terça-feira, 3 de setembro de 2013
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
segunda-feira, 12 de agosto de 2013
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
terça-feira, 30 de julho de 2013
sábado, 27 de julho de 2013
terça-feira, 23 de julho de 2013
terça-feira, 16 de julho de 2013
segunda-feira, 15 de julho de 2013
sexta-feira, 28 de junho de 2013
segunda-feira, 10 de junho de 2013
Visões
Na infância na escola.
Todo mundo olha,
todo mundo prosa,
todo mundo cola.
E alguém é obrigado a jogar.
Na adolescência na porta da escola.
Todo mundo junta,
todo mundo julga,
todo mundo fuma.
E alguém é obrigado estudar.
Na fase adulta, nos bares ou na faculdade.
Todo mundo chupa,
todo mundo culpa,
todo mundo peca.
E alguém é obrigado a casar.
No momento decisivo da vida.
Uns correm,
uns abraçam,
uns conseguem.
E alguns só fazem chorar.
Na velhice no quarto.
Todo mundo pensa,
todo mundo sonha,
todo mundo sente saudade.
Mas ninguém consegue voltar.
Pierre
Na infância na escola.
Todo mundo olha,
todo mundo prosa,
todo mundo cola.
E alguém é obrigado a jogar.
Na adolescência na porta da escola.
Todo mundo junta,
todo mundo julga,
todo mundo fuma.
E alguém é obrigado estudar.
Na fase adulta, nos bares ou na faculdade.
Todo mundo chupa,
todo mundo culpa,
todo mundo peca.
E alguém é obrigado a casar.
No momento decisivo da vida.
Uns correm,
uns abraçam,
uns conseguem.
E alguns só fazem chorar.
Na velhice no quarto.
Todo mundo pensa,
todo mundo sonha,
todo mundo sente saudade.
Mas ninguém consegue voltar.
Pierre
domingo, 12 de maio de 2013
domingo, 28 de abril de 2013
quinta-feira, 18 de abril de 2013
Acordo
Na manhã incandescente, reflexões convencionais,
Desmistificam ritos pessoais, devoção que outrora
Por alguém sente.
Clichês lendários, são calendários
Acalentados.
Do amor a moral, não está no Taj Mahal.
Infortúnio percebe,
Que mesmo em vão, o coração
Por vez ou outra,
Não só dá o que recebe.
Pierre Tenório
Desmistificam ritos pessoais, devoção que outrora
Por alguém sente.
Clichês lendários, são calendários
Acalentados.
Do amor a moral, não está no Taj Mahal.
Infortúnio percebe,
Que mesmo em vão, o coração
Por vez ou outra,
Não só dá o que recebe.
Pierre Tenório
sábado, 13 de abril de 2013
sexta-feira, 12 de abril de 2013
Perco-me nas linhas tão inocentes, as quais abordo com tanto carinho o meu âmago.
É como se houvesse um deserto e eu estivesse morrendo de sede, vendo tudo secar,
tudo passar, tudo morrer, e eu só tenho um balde de água.
Excesso de informações causa esse tipo de acontecimento na cabeça das pessoas,
estou triste,
e isso me faz ficar triste, preciso ser um adulto organizado!
-Ele compartilha isso, para não se sentir sozinho.
-É como uma experiência de confessionário.
-Engula o riso.
-Engula o choro.
É como se houvesse um deserto e eu estivesse morrendo de sede, vendo tudo secar,
tudo passar, tudo morrer, e eu só tenho um balde de água.
Excesso de informações causa esse tipo de acontecimento na cabeça das pessoas,
estou triste,
e isso me faz ficar triste, preciso ser um adulto organizado!
-Ele compartilha isso, para não se sentir sozinho.
-É como uma experiência de confessionário.
-Engula o riso.
-Engula o choro.
Na primeira pessoa
Para tudo.
Tudo confuso na cabeça!
Que um ano de ilusão,
pereça.
Não vou mais te esperar, amor.
Nem mais ninguém,
compartilho aqui minha tristeza,
com outrem.
Mesmo se eu ficar alegre,
mesmo se eu te esperar,
quem vai me garantir,
que a tal felicidade, vai chegar
e me abordar?
Ela vai passar direto
a me confundir com você,
já que eu cortei os meus cabelos,
e você os deixou crescer!
Não irás me encontrar, amor.
Me desmancharei em pó,
só ficarei nas canções
cantadas em dó.
De mim não tenhas pena,
pois voarei em centenas
de ares puros, se eu pudesse contar os ares.
Juro!
Constrói uma família bem bonita,
como a que eu sonhei um dia.
O menino Jesus te dará muitos filhos,
morarás em nossa fazenda, tua e dos meus sonhos.
Por que eu vivo de sonho,
meu sonho vive de canto,
e o meu canto vive de notas abstratas,
como hei de ser.
Para tudo.
Tudo confuso na cabeça!
Que um ano de ilusão,
pereça.
Não vou mais te esperar, amor.
Nem mais ninguém,
compartilho aqui minha tristeza,
com outrem.
Mesmo se eu ficar alegre,
mesmo se eu te esperar,
quem vai me garantir,
que a tal felicidade, vai chegar
e me abordar?
Ela vai passar direto
a me confundir com você,
já que eu cortei os meus cabelos,
e você os deixou crescer!
Não irás me encontrar, amor.
Me desmancharei em pó,
só ficarei nas canções
cantadas em dó.
De mim não tenhas pena,
pois voarei em centenas
de ares puros, se eu pudesse contar os ares.
Juro!
Constrói uma família bem bonita,
como a que eu sonhei um dia.
O menino Jesus te dará muitos filhos,
morarás em nossa fazenda, tua e dos meus sonhos.
Por que eu vivo de sonho,
meu sonho vive de canto,
e o meu canto vive de notas abstratas,
como hei de ser.
Onipresente
Protagoniza poesias,
E nem mesmo sabe o quão
Profundas são.
Paixão em demasia,
Cega os olhos,
Perde a razão.
Bicho do mato,
Não perde um ato
Em contramão.
Segue o faro,
Pressente
Onde presente,
Está o coração.
E nem mesmo sabe o quão
Profundas são.
Paixão em demasia,
Cega os olhos,
Perde a razão.
Bicho do mato,
Não perde um ato
Em contramão.
Segue o faro,
Pressente
Onde presente,
Está o coração.
quinta-feira, 4 de abril de 2013
sexta-feira, 29 de março de 2013
quinta-feira, 28 de março de 2013
quarta-feira, 27 de março de 2013
segunda-feira, 25 de março de 2013
Amares Desaguados
Em pensar que ainda pudera
Saxífragos amores existirem
Perdurando as margens da espera
Que mergulha ao rio que leva algures
Com enganos doces, aquosos
Refrescando a fria melodia
Que subitamente silencia
E afoga corações preciosos
Submersos em águas congeladas
Nos palcos de horrores cristalizados
Pulsações imploram às madrugadas
Por icebergs despedaçados.
Pierre Tenório
Em pensar que ainda pudera
Saxífragos amores existirem
Perdurando as margens da espera
Que mergulha ao rio que leva algures
Com enganos doces, aquosos
Refrescando a fria melodia
Que subitamente silencia
E afoga corações preciosos
Submersos em águas congeladas
Nos palcos de horrores cristalizados
Pulsações imploram às madrugadas
Por icebergs despedaçados.
Pierre Tenório
domingo, 24 de março de 2013
domingo, 10 de fevereiro de 2013
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
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