quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Livros agradam qualquer prateleira, encantam qualquer ser humano, mesmo que enfileirados em cores estratégicas, até os empoeirados tem seu charme.

Quando começo a ler páginas muito ricas em números de fonemas, eles começam a circular como espirais hipnóticos e quando percebo, tatuei minha própria folha, uma tatuagem sobre a outra, cada uma mais ridícula que a outra, sobrepunha cores na tentativa inútil de apagar o negro que não mais tinha forma alguma. Não tenho paciência para delongas, na maioria das vezes, é ridículo.

Pra compensar tal devaneio, vejo filmes e filmes cheios de legendas, as quais, às vezes preciso voltar para acompanhar o contexto e a cena, sou meio lento mesmo, frase por frase lanço os olhos na expressão concreta, que na maioria das vezes, é uma merda, quando dá tempo. Como forma de martírio, vejo filmes nacionais com legenda, dublados me enojam, poluição sonora, quando os musicais são dublados a coisa fede muito por alguns minutos.

Adoro julgar livros pela capa, os leio até perceber que as linhas permanecem retas.

Poemas, ah, poemas. (suspiro)

Não costumo julgar as pessoas pela capa, já que alguns gênios expressam suas dores através dela, não levam o menor jeito para combinar as peças, além de que isso seria um insulto, coisa de bicha, bem viada, até prefiro os que nem tentam. É deles que eu gosto.

A poesia da música, qualquer tipo de linguagem expressada é admissível, nem que seja por alguns minutos, o importante mesmo são as transformações que sofremos ao nos abrirmos a absorção de cada experiência adquirida. Experimentar é essencial.
Tem gente que nasce pra inspirar os outros, outros são abduzidos, tem gente reflexiva e os mais engraçados e bem sucedidos são os que estampam as capas de revistas pornográficas e rótulos de suplementos alimentares. Enquanto algumas coisas morrem, outras nascem.

Por via das dúvidas me apego à ancestralidade, não se julga um livro pelo primeiro poema, nem que ele seja perfeito apenas pela primeira poesia, a capa.
Eis a minha tara!

Pierre Tenório

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