terça-feira, 3 de dezembro de 2013

BRONZE À DOR

de manhã
o sol
entregou-me
seus raios,
ardendo
em pintas,
gritando
bichadas
em plumas
viadas.
felicidade
alegre e
quase forjada.
acordei
mais um dia,
supergay
do que nunca
antes.
heroína.
o sol
queimando
minha
pele
em raios
de purpurina,
canseira na pele
feminina
quase lúcida,
apenas troco
o artigo.
espelho
do que
não minto,
reflito protetor,
arcanjo de
asas cortadas,
negras, galinha
preta
bronzeada.
refresco-me
em pingos
de água salgada,
no quintal
de casa,
pressão baixa.
elevo
minha solidária
inquietude
às aves de
rapina.
perduro ao
sol, nas MARgens
imaginárias,
torno-me
areia cinza
beirando a
caixa d'água,
no fim
da tarde.

Pierre Tenório

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