CARNIÇA
vestiu-se de abutre
pra voar ao longe
do meu corpo humano
sempre circulando
sobre.
e nunca mais cantar
para os meus ouvidos
poemas desconhecidos
podres.
e nunca mais tentar
sufocar meu ar
de cara subversivo
nobre.
e nunca mais despir
o que lhe vestiu
e reveste
pobre.
a única coisa que ele queria
era cravar suas garras
e me agarrar
forte.
Pierre Tenório
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