escreva o que pensar
como lençol fino pesa
sobre alguém sozinho
ou então jogue pedras
leves sobre as flores.
Jamais seque os olhos;
banhe-se na fonte
dos poemas mortos.
Trafegue entre escolhas
de produzir livros
ou livrar-se das penas;
amo folhas em branco
infinitas escrituras
conjunturas
de céu sem estrelas.
também verdes
e secas
amo árvores
presas
em terrenos
flutuantes;
de tempo passado
ou nascido
em finíssimos galhos.
amo as folhas que fumo
e esqueço
desde quando as leio
até apagar tudo
que escrevo.
Pierre Tenório
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