quero ser tua
como és minha
pouco contato
tanta entrelinha
atento ao tempo
que de repente
muda os rumos
subitamente;
te tenho quase inteira
embora nunca me queiras
tu, me tens no agora
mantendo sempre por fora
mesmo quando partes
o cheiro demora
pois és prisioneira
da minha memória
vive em liberdade
porque está morta
eu, por fim à espera
vivo abrindo portas
e também janelas
minha alma cega
o vento venera.
Pierre Tenório
Nenhum comentário:
Postar um comentário