A alma pálida 
resplandece o próprio nada 
que o corpo aborta 
ecoando 
voa cega pelas redes 
sociais vagando impávida,
quase pálida
escorre aos córregos
nadando rios 
completos de peixes 
elétricos 
a alma perfuma 
e perfura
bifurca indecisões
vara 
corpos humanos
transpassando tudo
filtrando o insano
anos 
anus 
passam por frestas 
de memórias 
acesas  
luzes de velas
A alma sobreluta 
com armas de múltiplos
odores letais 
ainda há quem diga 
que almas são imortais.
Pierre Tenório 
 
 
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