sábado, 12 de abril de 2014

GATA BORRALHEIRA

Fecho os olhos,
coração espanca
o peito indefeso
de saudade vã.
Estou viva encantada,
palpites mudos,
palpitações.
Sujei os móveis e
quebrei a prataria.
Do outro lado
da escadaria,
engraxei sapatos,
perdi gravatas
e deixei uma carta
anônima:
Não tenho esse amor
para dar hoje,
estou cansada
e já passa da meia noite.
Olhos do meu sorriso
cego e proibido,
aceita uma valsa
no porão?

Pierre Tenório

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