quinta-feira, 24 de abril de 2014

Dos piores, sou pior que tudo de pior que existe de pior aconselhável, doce amável mostro
em tudo que faço monstro e sou um corpo em chamas no elevador, o pior de tudo e todos aqueles miseráveis ali sentados na calçada. Pior ainda, do que seria pior em tudo, sou usado como roupas de brechó, são as piores melhores ainda mais baratas no quintal querem invadir o meu quarto, socorro descartável, de uso momentâneo, buraco negro inferno astral inquietante, atrás da porta o amor queima no meu lixeiro de alumínio, assunto da semana, sou pior que a dor do parto, tão prático entorpecente escondido na varanda de casa, bastardo, recusado de infância e pra sempre de destino, abandonado de tão cão de rua perdido, forte e resistente de tão pior que escrever poemas na porta do banheiro público, pior dizer bom dia ao porteiro e não receber resposta alguma de bom dia senhor pior convencido sem prazo de validade, não consigo ler pensamentos e me recuso a ir em fonte de desejos, não tenho ninguém no vácuo da respiração. Puta quem sou eu me encontro na primeira pessoa narrativa deserta na orquestra, todos querem ver o sonho acordado. A felicidade é uma paz cheia de dinheiro. Uso e desuso plasticas de reforma da casa. Te amo no desamor das dores intermináveis, acaba que tudo aquilo é uma palhaçada sem sentido. Mergulho na piscina de três metros e meio e sobrevivo por lá. Massageio teus pés de otário em cima da mesa. Seres humanos fungos do planeta, sacio assim minha depreciação amável.

Pierre Tenório

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