terça-feira, 15 de abril de 2014

à Joey

LUA DE SANGUE

Arranquei os olhos da face
mirei ao céu da madrugada
ele estava deserto.
Não havia sequer poeira
de estrelas.
As nuvens choviam
mar adentro,
onde nadavam sereias
cadentes.
Sobre as rochas
Arcanjos maquiados
abriam as portas
das cachoeiras.
Ao chão do quarto
a lua banhada de sangue
anuncia eternidade
das paixões solitárias.
O sol decidiu matá-la:
Eis o apocalipse!

Pierre Tenório

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