estava pensando em ti.
esquecer
a tempo em contra tempos
procuro nos esconderijos 
e demonstro pelos caminhos
nas arestas, perto das teias
das aranhas,
disperso. 
nos olhos, olho e 
devoro os votos
de quaisquer seres 
selvagens em cumbias;
te escrevo e 
esqueço tudo.
dentro do vazio 
que me lembro de 
aflorar.
fora dos dejetos
que esqueço 
de regar. 
sinto o cheiro do meu chulé
enquanto abstraio os remorsos
de te perder por entre as estradas
benditas dos sorrisos;
labirinto constante 
me leva pra casa, encontro em
mim mesmo as minhas torturas,
desencontros marcados.
o meu olho furado
observa
e conserva em pedras
de gelo
os ventos.
te encontro no espelho.
Pierre Tenório
 
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