sábado, 12 de julho de 2014

estava pensando em ti.
esquecer
a tempo em contra tempos

procuro nos esconderijos
e demonstro pelos caminhos
nas arestas, perto das teias
das aranhas,
disperso.

nos olhos, olho e
devoro os votos
de quaisquer seres
selvagens em cumbias;

te escrevo e
esqueço tudo.

dentro do vazio
que me lembro de
aflorar.

fora dos dejetos
que esqueço
de regar.

sinto o cheiro do meu chulé
enquanto abstraio os remorsos
de te perder por entre as estradas
benditas dos sorrisos;

labirinto constante
me leva pra casa, encontro em
mim mesmo as minhas torturas,

desencontros marcados.

o meu olho furado
observa
e conserva em pedras
de gelo
os ventos.

te encontro no espelho.

Pierre Tenório

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