ESCONDERIJO
com uma pá
cavo assuntos
nas terras férteis
do teu silêncio
jogo sementes
cubro os assuntos
de terras férteis
no teu silêncio
aguardo tanto
novos assuntos
nas terras férteis
do teu silêncio
colho as flores
silenciadas
das terras férteis
dos teus assuntos.
Pierre Tenório
segunda-feira, 28 de julho de 2014
domingo, 27 de julho de 2014
sábado, 26 de julho de 2014
CARDÁPIO DO DIA
Ela queria um poema mais que a ele.
Ele escrevia às moscas, menos para ela.
Ela o tinha nos lábios, mãos e cabelos.
Ele roçava as mãos na caneta,
mas, não saia nada sobre ela.
Ela sorria enquanto triste
lavava os pratos do almoço.
Ele comia.
Certo dia, ela pediu um poema só dela.
Ele inventou todo amor que sentia;
enquanto ela lia,
tudo se perdia.
Pierre Tenório
Ela queria um poema mais que a ele.
Ele escrevia às moscas, menos para ela.
Ela o tinha nos lábios, mãos e cabelos.
Ele roçava as mãos na caneta,
mas, não saia nada sobre ela.
Ela sorria enquanto triste
lavava os pratos do almoço.
Ele comia.
Certo dia, ela pediu um poema só dela.
Ele inventou todo amor que sentia;
enquanto ela lia,
tudo se perdia.
Pierre Tenório
terça-feira, 15 de julho de 2014
MAL DE AZAR
Esqueci a sorte
dentro do cesto
de roupas sujas.
Juntei tristezas
fora do eixo
das ditas cujas
palavras míseras
que imploravam
milhões de juras.
Tão esquecidas
páginas brancas
são minha cura.
Amanheceu e
ainda esquecido,
lavei as roupas
enquanto lembrava
de quando as tiraste;
da blusa ao short.
Foste embora
pra minha sorte,
lavando tudo.
Pierre Tenório
Esqueci a sorte
dentro do cesto
de roupas sujas.
Juntei tristezas
fora do eixo
das ditas cujas
palavras míseras
que imploravam
milhões de juras.
Tão esquecidas
páginas brancas
são minha cura.
Amanheceu e
ainda esquecido,
lavei as roupas
enquanto lembrava
de quando as tiraste;
da blusa ao short.
Foste embora
pra minha sorte,
lavando tudo.
Pierre Tenório
sábado, 12 de julho de 2014
estava pensando em ti.
esquecer
a tempo em contra tempos
procuro nos esconderijos
e demonstro pelos caminhos
nas arestas, perto das teias
das aranhas,
disperso.
nos olhos, olho e
devoro os votos
de quaisquer seres
selvagens em cumbias;
te escrevo e
esqueço tudo.
dentro do vazio
que me lembro de
aflorar.
fora dos dejetos
que esqueço
de regar.
sinto o cheiro do meu chulé
enquanto abstraio os remorsos
de te perder por entre as estradas
benditas dos sorrisos;
labirinto constante
me leva pra casa, encontro em
mim mesmo as minhas torturas,
desencontros marcados.
o meu olho furado
observa
e conserva em pedras
de gelo
os ventos.
te encontro no espelho.
Pierre Tenório
esquecer
a tempo em contra tempos
procuro nos esconderijos
e demonstro pelos caminhos
nas arestas, perto das teias
das aranhas,
disperso.
nos olhos, olho e
devoro os votos
de quaisquer seres
selvagens em cumbias;
te escrevo e
esqueço tudo.
dentro do vazio
que me lembro de
aflorar.
fora dos dejetos
que esqueço
de regar.
sinto o cheiro do meu chulé
enquanto abstraio os remorsos
de te perder por entre as estradas
benditas dos sorrisos;
labirinto constante
me leva pra casa, encontro em
mim mesmo as minhas torturas,
desencontros marcados.
o meu olho furado
observa
e conserva em pedras
de gelo
os ventos.
te encontro no espelho.
Pierre Tenório
insisto em descer aquelas escadas
que desci ontem;
estive em saltos altos e
desci as mesmas escadas
que desci ontem as mesmas.
No entanto, as escadas
mesmas; de manhã
escadas descidas
de manhãs mesmas,
eram escadas... e pecados.
(espera um pouco); as manhãs
eram as mesmas manhãs
sob as escadas,
nas despertas manhãs sobre
(os sonhos)
escadas, pelo amor
dos deuses, por mais que eu suba
e desça, estarão lá
as nossas mesmas.
Pierre Tenório
que desci ontem;
estive em saltos altos e
desci as mesmas escadas
que desci ontem as mesmas.
No entanto, as escadas
mesmas; de manhã
escadas descidas
de manhãs mesmas,
eram escadas... e pecados.
(espera um pouco); as manhãs
eram as mesmas manhãs
sob as escadas,
nas despertas manhãs sobre
(os sonhos)
escadas, pelo amor
dos deuses, por mais que eu suba
e desça, estarão lá
as nossas mesmas.
Pierre Tenório
segunda-feira, 7 de julho de 2014
sexta-feira, 4 de julho de 2014
quinta-feira, 3 de julho de 2014
VÁCUO DE REGINA
não importa se minha boceta treme
em busca do amor perfeito que tanto
odeio, enquanto os lábios beijam o
trânsito maluco das ruas brasileiras;
as bancas de jornal vendem
os meus corações em vão, para qualquer
não leitor, que odeia
o que tanto amo e não
importa mais, porque os cataventos
insistem em girar ao contrário dos
girassóis secos, nas manhãs
de sábado, domingo, segunda e
teça minha liberdade aprisionada
e doida pra ser desencadeada, por favor,
teça, mas,
não me dê ouvidos, que louca
sou. (entre parênteses permeio maluca
em vozes de brilhantina, novamente
entre os para-brisas.)
comida em colchões de vento, torno-me
alimento de macumbarias
em meio aos cortejos
de negões na batucada.
madrugada atenta, chego em
bordões poéticos embriagados, estarei
pensando em nosso amor solitário,
no prazer das incertezas
que irei te matar
de sexo, nem que seja por feitiço.
o feitiço dos olhos nos
membros e todos os membros
de qualquer família.
Pierre Tenório
não importa se minha boceta treme
em busca do amor perfeito que tanto
odeio, enquanto os lábios beijam o
trânsito maluco das ruas brasileiras;
as bancas de jornal vendem
os meus corações em vão, para qualquer
não leitor, que odeia
o que tanto amo e não
importa mais, porque os cataventos
insistem em girar ao contrário dos
girassóis secos, nas manhãs
de sábado, domingo, segunda e
teça minha liberdade aprisionada
e doida pra ser desencadeada, por favor,
teça, mas,
não me dê ouvidos, que louca
sou. (entre parênteses permeio maluca
em vozes de brilhantina, novamente
entre os para-brisas.)
comida em colchões de vento, torno-me
alimento de macumbarias
em meio aos cortejos
de negões na batucada.
madrugada atenta, chego em
bordões poéticos embriagados, estarei
pensando em nosso amor solitário,
no prazer das incertezas
que irei te matar
de sexo, nem que seja por feitiço.
o feitiço dos olhos nos
membros e todos os membros
de qualquer família.
Pierre Tenório
quarta-feira, 2 de julho de 2014
O CÃO DO APOCALIPSE
Coloquei duas bolas de gude
nos buracos dos olhos do amor,
lancei um encanto sobre elas,
mas, nem assim ele enxergou.
Entreguei-lhe uma harpa cristã
para ouvir algum divino som
mas, o amor só tem único dom
de soltar melodias pagãs.
Decidi dedicar uma dança
onde o corpo mexesse com alma
e com gestos declarou vingança;
O feitiço caiu sobre mim.
Mas quem besta fera é o amor
para nos cegar tanto assim?
Pierre Tenório
Coloquei duas bolas de gude
nos buracos dos olhos do amor,
lancei um encanto sobre elas,
mas, nem assim ele enxergou.
Entreguei-lhe uma harpa cristã
para ouvir algum divino som
mas, o amor só tem único dom
de soltar melodias pagãs.
Decidi dedicar uma dança
onde o corpo mexesse com alma
e com gestos declarou vingança;
O feitiço caiu sobre mim.
Mas quem besta fera é o amor
para nos cegar tanto assim?
Pierre Tenório
terça-feira, 1 de julho de 2014
VERSOS DE FUMAÇA
poderia abraçar o silêncio
se os sapatos não apertassem tanto;
a paz que despreza os momentos
equaliza o anseio de prantos.
poderia revelar os segredos
se dúvidas não causassem medo
da guerra perdida e o ensejo
de vitória entre os pesadelos.
o fim agora é comédia
teatralmente ensaiada
em atos de putas tragédias.
começo a recomeçar
deletando os mil motivos
que o fazem me abandonar.
Pierre Tenório
poderia abraçar o silêncio
se os sapatos não apertassem tanto;
a paz que despreza os momentos
equaliza o anseio de prantos.
poderia revelar os segredos
se dúvidas não causassem medo
da guerra perdida e o ensejo
de vitória entre os pesadelos.
o fim agora é comédia
teatralmente ensaiada
em atos de putas tragédias.
começo a recomeçar
deletando os mil motivos
que o fazem me abandonar.
Pierre Tenório
Assinar:
Postagens (Atom)