segunda-feira, 30 de junho de 2014

Te procuro
nas paredes
do meu quarto.
A saudade
o aprisiona
em um quadro.
Imóvel sobrevivo
nas molduras.
Contemplo
meu desejo
em vozes mudas.
Resisto em ocupar
os teus espaços.
Nas tintas
cores secas
não te acho.
Arranco e guardo
os pregos que
o segura.
Amando as
cicatrizes
que perfuram.

Pierre Tenório






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