MARTÍRIO
quero sentar aos pés da tua cruz
e te contar penumbras de amor
assim viver nas mãos do teu remorso 
sem gratidão devida, prego e forço.
as luminárias gritam apagão
enquanto corvos pousam na matina
pulo ao alto mar que te reveste 
nas pupilas verdes que adormecem. 
a lua canta em clima despedida
enquanto os santos todos se embriagam
o sol anseia luz que nos dissipa. 
o tempo voa em som que acende a sina
perdido no espaço entreaberto 
sou tinta na caneta que te assina. 
Pierre Tenório
 
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