Saiu de casa para comprar cabelos vestida motocrossdresser pilotando sua lambreta anos 50 atropelados pela rua reclamaram da louca em fones de ouvido volume máximo que podia alguns quilômetros excedidos por falta de álcool em gelatina desesperada perseguida mandava abraços e beijos enquanto sorria com seus dentes quebrados a cada vítima incendiada retrucava seus charmes encantos parada gay numa calçada subiu num tanque de guerra nas estrelas do pop disco frustrada atriz de teatro do absurdo salário máximo que podia matar no mês da ressureição cerebral do hamster crucificado girando dentro da casinha escura história sem finalmente matou tudo havia pelo caminho da cidade deserto no peito da pobre querida encolhi os gigantes acordaram com olheiras e pó compacto demaquilante aniquilando vestígios de sombras certeiras trevas inferno astral das árvores amazônicas fincadas ao solo infértil do brazil colônia indígena ororubá extinta vermelha terra de marte digitalizava suas impressões no corpo inerte das vítimas queria deixar rastros e ser procurada por alguém que a odiasse abandonada a dez mil anos atrás pelo fantasma do Giorgio Moroder que produziu seu ultimo álbum e morreu de rir por estar viva a sociedade sem alternativa do caos à lama ao caos do caos a lâmina cortou os pulsos da travesti que encontrou seu aplique uma injeção contra cegueira numa lojinha de 1,99 por favor chame o táxi, estou pontiaguda.
Pierre Tenório
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