CAFÉ DA MANHÃ
Abri os olhos e
permaneci desacordado,
enlouquecido no inverno
embaixo das cobertas.
pingos de chuva, melodias.
Abri a janela e 
permaneci deitado.
Disparei do cano
de um revólver,
pairando à luz do sol.
gatilho intacto,
mirei o vento e
acertei o calor
desfalecido entre 
a neblina;
cabelos esvoaçantes.
Alimento das verdades
de mentira:
Estômago vazio
roncando em suspiros 
preguiçosamente 
delinquentes.
Desci as escadas e
alegre me dirigi
à cadeira vazia,
a tirei da mesa
em direção ao chão
distante
e 
perdi a fome.
Pierre Tenório
 
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