Clareia, nas curvas, nas dunas, na chuva, na rua, na lua...
A tua face Brasil
lava a maquiagem de norte a sul
oh meu bonito Brasil
revela teu corpo nu
Um sambinha na Sapucaí
bate um racha no Morumbi
Pé de Serra, Maracatu
Xucurú, Guarani
Gonzaga, Regina, Jobim
Tom Zé, Macalé, Sucuri
Arnaldo, Mautner, Lee
Capoeira, Hermeto Pascoal
Belo Jardim, Olinda, Natal
Vitalino, Mozart, Berimbau
João do Pife, Bandeira, Cabral
O seu Valença no carnaval
O caboclo lança a verdade
no quintal do meu Brasil,
Oh meu Brasil...
Funk
Bossa Nova
Jovem Guarda
Iê, Iê, Iê
Rock das aranhas
Popozuda
Maculêlê
A cor dor
A arte suspira
em terras de fogo
flores de mormaço
amarelas e cinzas .
Inspira-se na revolta
da guerra contra as máquinas
e se volta, prossegue
instigadas com forças
que a superfície desconhece,
os cosmos não esquecem
da interminável batalha
de mastigar pedras de sal
e lamber os dejetos
que escorrem pelos ralos
das ditaduras modernas.
A seca não é só física
a barriga ronca além do pão
um problema é exposto na vitrine
para esconder falhas
que padecem ao chão.
Coco
Caju
Manga
Muriçoca tropical
Churrasco e
música de fundo
Corrupção.
Pierre Tenório e David Henrique
sexta-feira, 30 de maio de 2014
meias verdades
pés cansados de esperanças vãs
areia de mar dentro de ampulhetas vazias
ossos entrevados, cem anos maduros semi tranquilos
virados em movimentos repetitivos os quais
acalentos antônimos anunciam antônios silentes
ancestrais mortos
pais e filhos adormecidos sentindo a audácia
truculenta de amores amoras secas
tecnologias de anus 2014 desgastantes
greve protestante
meu cu ri de ti, augosto dos impérios
ca
pi
ta
lis
tas.
língua suja de merda,
tesão sobre paredes indignas.
Pierre Tenório
pés cansados de esperanças vãs
areia de mar dentro de ampulhetas vazias
ossos entrevados, cem anos maduros semi tranquilos
virados em movimentos repetitivos os quais
acalentos antônimos anunciam antônios silentes
ancestrais mortos
pais e filhos adormecidos sentindo a audácia
truculenta de amores amoras secas
tecnologias de anus 2014 desgastantes
greve protestante
meu cu ri de ti, augosto dos impérios
ca
pi
ta
lis
tas.
língua suja de merda,
tesão sobre paredes indignas.
Pierre Tenório
quinta-feira, 29 de maio de 2014
CAFONA
Você é gay e eu nunca vou ficar perto de você para sempre e repito.
De certo não vou te odiar, serei seu melhor amigo e compartilharei dos melhores momentos da sua aventura vidinha cheia de talentos, seu corpo é lindo, mas os músculos estão privados (privada cheia de merda), compre um shake, pintosa desvalida, suas professoras te desprezam numa nota só.
O que vais ser quando crescer?
-Te amo.
Nádegas enfadadas desse chão, vírgulas cansadas de um mar tão imenso enquadrado numa janela, parece mentira, quem vê diz que estou louco. (estais louco)
Raiou o sol e lá estamos falando dele, evito.
Calado de tantas bicadas (drinks), atômico em versos.
Como os cabelos da cabeça não desgrudam nem ao pé da letra, cedo ou tarde a calvície amanhece os dias exigindo perucas descartáveis.
Os sentidos não fazem mais sentido, socorro!!
Luvas de algodão cru envolvem as mãos trêmulas de não sei o quê.
Não se desgrudam um minuto e separar irmãos siameses com uma faca pequena seria cruel.
O silêncio fala além das leis e textos complexos, o corpo se comporta mal, não respeita porra nenhuma, válvulas permitem que o tempo perdido volte ao passado, futuro e metros quadrados abertos alinham o esplendor doentio.
Lágrimas vão e vem e voltam às glândulas salivares que cospem o desamor terno e gravata ignoram qualquer ser real.
Decepcionam e decepam as qualidades divinas as quais não quero ser homem.
-Te amo.
Grades grossas mantêm as frestas abertas nos olhos escaldantes de frio nuclear.
A homofobia é indiferente... HAHAHA
Corpo não importa, cheiro não importa,
dias não importam; sei que exportam todo tipo de sentimentos do Paraguay, mas,
enquanto penso em teus olhos, outros corvos me devoram.
Enquanto penso em acalentar tua epiderme, vestes uma camisa nova.
Permaneço calado.
Pierre Tenório
Você é gay e eu nunca vou ficar perto de você para sempre e repito.
De certo não vou te odiar, serei seu melhor amigo e compartilharei dos melhores momentos da sua aventura vidinha cheia de talentos, seu corpo é lindo, mas os músculos estão privados (privada cheia de merda), compre um shake, pintosa desvalida, suas professoras te desprezam numa nota só.
O que vais ser quando crescer?
-Te amo.
Nádegas enfadadas desse chão, vírgulas cansadas de um mar tão imenso enquadrado numa janela, parece mentira, quem vê diz que estou louco. (estais louco)
Raiou o sol e lá estamos falando dele, evito.
Calado de tantas bicadas (drinks), atômico em versos.
Como os cabelos da cabeça não desgrudam nem ao pé da letra, cedo ou tarde a calvície amanhece os dias exigindo perucas descartáveis.
Os sentidos não fazem mais sentido, socorro!!
Luvas de algodão cru envolvem as mãos trêmulas de não sei o quê.
Não se desgrudam um minuto e separar irmãos siameses com uma faca pequena seria cruel.
O silêncio fala além das leis e textos complexos, o corpo se comporta mal, não respeita porra nenhuma, válvulas permitem que o tempo perdido volte ao passado, futuro e metros quadrados abertos alinham o esplendor doentio.
Lágrimas vão e vem e voltam às glândulas salivares que cospem o desamor terno e gravata ignoram qualquer ser real.
Decepcionam e decepam as qualidades divinas as quais não quero ser homem.
-Te amo.
Grades grossas mantêm as frestas abertas nos olhos escaldantes de frio nuclear.
A homofobia é indiferente... HAHAHA
Corpo não importa, cheiro não importa,
dias não importam; sei que exportam todo tipo de sentimentos do Paraguay, mas,
enquanto penso em teus olhos, outros corvos me devoram.
Enquanto penso em acalentar tua epiderme, vestes uma camisa nova.
Permaneço calado.
Pierre Tenório
quarta-feira, 28 de maio de 2014
segunda-feira, 26 de maio de 2014
domingo, 25 de maio de 2014
terça-feira, 20 de maio de 2014
Saiu de casa para comprar cabelos vestida motocrossdresser pilotando sua lambreta anos 50 atropelados pela rua reclamaram da louca em fones de ouvido volume máximo que podia alguns quilômetros excedidos por falta de álcool em gelatina desesperada perseguida mandava abraços e beijos enquanto sorria com seus dentes quebrados a cada vítima incendiada retrucava seus charmes encantos parada gay numa calçada subiu num tanque de guerra nas estrelas do pop disco frustrada atriz de teatro do absurdo salário máximo que podia matar no mês da ressureição cerebral do hamster crucificado girando dentro da casinha escura história sem finalmente matou tudo havia pelo caminho da cidade deserto no peito da pobre querida encolhi os gigantes acordaram com olheiras e pó compacto demaquilante aniquilando vestígios de sombras certeiras trevas inferno astral das árvores amazônicas fincadas ao solo infértil do brazil colônia indígena ororubá extinta vermelha terra de marte digitalizava suas impressões no corpo inerte das vítimas queria deixar rastros e ser procurada por alguém que a odiasse abandonada a dez mil anos atrás pelo fantasma do Giorgio Moroder que produziu seu ultimo álbum e morreu de rir por estar viva a sociedade sem alternativa do caos à lama ao caos do caos a lâmina cortou os pulsos da travesti que encontrou seu aplique uma injeção contra cegueira numa lojinha de 1,99 por favor chame o táxi, estou pontiaguda.
Pierre Tenório
Pierre Tenório
segunda-feira, 19 de maio de 2014
sábado, 17 de maio de 2014
PENA
Mantinha-me prisioneiro em suas pernas.
Durante as poucas horas de aprazimento, a liberdade já não era algo interessante, fingia desacordado em pensamentos delirantes, recordava suas juras enquanto as mãos a procura de repouso cruzavam minha cintura em direção ao ventre, não discernia sua respiração dos meus batimentos, eram percussão clássica de corpos anônimos, me sentia completamente consumido e condenado àquelas presas.
Não queria perceber que a eternidade não dura tanto quanto dizem.
Em giro de 180°, aquele rosto já não seria de alguém que eu pudesse ignorar no dia seguinte, pois, já era manhã e sentia muita sede, serenamente desliguei-me dos lençóis em direção ao filtro, voltei com uma cachoeira nas mãos e ele já estava de saída, como que por advento da consciência, quisesse se libertar da liberdade.
-Vamos fumar um cigarro.
Os tragos eram tão lentos quanto à capacidade que eu tinha de interpretar nosso silêncio, segundos passavam em câmera lenta (eu preferia relógio parado), enquanto os olhos reluziam o quarto inteiro. Fomos arrebatados a uma dimensão entre céu e inferno (como fumaça), a felicidade em homônimos gritava sorrateiramente, estava consumado e ninguém poderia mudar ou nos tirar isso. Mergulhamos nus naquelas águas e lembramos o quanto tínhamos bebido durante a noite, sorrimos.
Beijou-me alegando estar louco e saiu às pressas, declarou-me absolvido e carregou toda culpa.
Pago a pena de escrever, fumando solitariamente os cigarros que ele esqueceu, enquanto o pássaro inocente,
cumpre prisão perpétua em regime de asas cortadas.
Pierre Tenório
Mantinha-me prisioneiro em suas pernas.
Durante as poucas horas de aprazimento, a liberdade já não era algo interessante, fingia desacordado em pensamentos delirantes, recordava suas juras enquanto as mãos a procura de repouso cruzavam minha cintura em direção ao ventre, não discernia sua respiração dos meus batimentos, eram percussão clássica de corpos anônimos, me sentia completamente consumido e condenado àquelas presas.
Não queria perceber que a eternidade não dura tanto quanto dizem.
Em giro de 180°, aquele rosto já não seria de alguém que eu pudesse ignorar no dia seguinte, pois, já era manhã e sentia muita sede, serenamente desliguei-me dos lençóis em direção ao filtro, voltei com uma cachoeira nas mãos e ele já estava de saída, como que por advento da consciência, quisesse se libertar da liberdade.
-Vamos fumar um cigarro.
Os tragos eram tão lentos quanto à capacidade que eu tinha de interpretar nosso silêncio, segundos passavam em câmera lenta (eu preferia relógio parado), enquanto os olhos reluziam o quarto inteiro. Fomos arrebatados a uma dimensão entre céu e inferno (como fumaça), a felicidade em homônimos gritava sorrateiramente, estava consumado e ninguém poderia mudar ou nos tirar isso. Mergulhamos nus naquelas águas e lembramos o quanto tínhamos bebido durante a noite, sorrimos.
Beijou-me alegando estar louco e saiu às pressas, declarou-me absolvido e carregou toda culpa.
Pago a pena de escrever, fumando solitariamente os cigarros que ele esqueceu, enquanto o pássaro inocente,
cumpre prisão perpétua em regime de asas cortadas.
Pierre Tenório
sexta-feira, 16 de maio de 2014
quinta-feira, 15 de maio de 2014
ARRASTÃO
Ela queria tudo
O sol, céu, seu calor
e estrelas.
Ela queria
O jeito, o riso, a flor
os espinhos.
Ela queria
Homem, mulher, os gatos
e sapatos.
Ela queria
Roupas, perfumes, móveis
bagunça.
Ela queria tudo
que podia
Ela queria tudo
que é meu
até o que não cabia
inclusive o que se perdeu.
Queria o meu bem
e o mal também.
E conseguia;
exceto o silêncio.
Pierre Tenório
Ela queria tudo
O sol, céu, seu calor
e estrelas.
Ela queria
O jeito, o riso, a flor
os espinhos.
Ela queria
Homem, mulher, os gatos
e sapatos.
Ela queria
Roupas, perfumes, móveis
bagunça.
Ela queria tudo
que podia
Ela queria tudo
que é meu
até o que não cabia
inclusive o que se perdeu.
Queria o meu bem
e o mal também.
E conseguia;
exceto o silêncio.
Pierre Tenório
terça-feira, 13 de maio de 2014
FELIZES PARA SEMPRE
os momentos mais felizes
da vida daquela dama
começaram com deslizes
e acabaram na cama
ela pensou que era amada
mas se decepcionou
bolou alguma vingança
então armada voltou
ao passo que ele dormia
ela devagarinho
a porta do cu abria
emburacou sem temer
e quando estava lá dentro
ouviu o pobre gemer
ele acordou no outro dia
dela não teve notícias
só lhe restaram lembranças
daquelas doces carícias
enquanto chorava de saudade
ela sorria de alegria
porque mesmo na merda
dentro do homem amado
viveu o resto da vida.
Pierre Tenório
os momentos mais felizes
da vida daquela dama
começaram com deslizes
e acabaram na cama
ela pensou que era amada
mas se decepcionou
bolou alguma vingança
então armada voltou
ao passo que ele dormia
ela devagarinho
a porta do cu abria
emburacou sem temer
e quando estava lá dentro
ouviu o pobre gemer
ele acordou no outro dia
dela não teve notícias
só lhe restaram lembranças
daquelas doces carícias
enquanto chorava de saudade
ela sorria de alegria
porque mesmo na merda
dentro do homem amado
viveu o resto da vida.
Pierre Tenório
segunda-feira, 12 de maio de 2014
BIFE
Rita foi à manicure
e pediu por gentileza
que arrancasse suas unhas
queria que ninguém visse
o quanto estava nervosa
calou o disse e
me disse:
-Não há sentimento que cure
a infinita tristeza
dos dentes das testemunhas.
(roeram até as unhas dos pés)
Pedaços inacabáveis
da carne ao osso dos dedos
roendo, rato de rua
Rita em desespero
roeu roupas, lençóis
as mãos e os cotovelos,
terminou a sua vida
usando esmalte vermelho
e nunca aprendeu
a tocar violão.
Pierre Tenório
Rita foi à manicure
e pediu por gentileza
que arrancasse suas unhas
queria que ninguém visse
o quanto estava nervosa
calou o disse e
me disse:
-Não há sentimento que cure
a infinita tristeza
dos dentes das testemunhas.
(roeram até as unhas dos pés)
Pedaços inacabáveis
da carne ao osso dos dedos
roendo, rato de rua
Rita em desespero
roeu roupas, lençóis
as mãos e os cotovelos,
terminou a sua vida
usando esmalte vermelho
e nunca aprendeu
a tocar violão.
Pierre Tenório
sexta-feira, 9 de maio de 2014
ERVA DANINHA
Peguei um punhado de areia
pra construir um deserto
só meu;
esqueci as mãos abertas
e a esperança logo
morreu.
Atirei a queima roupa
sementes de dores ao chão,
de uma hora pra outra
floresceram em imensidão.
Como não ama-las?
Se elas tornam verde o jardim.
Como não estar certo?
Se mesmo deserto,
a vida desperta em mim.
Pierre Tenório
Peguei um punhado de areia
pra construir um deserto
só meu;
esqueci as mãos abertas
e a esperança logo
morreu.
Atirei a queima roupa
sementes de dores ao chão,
de uma hora pra outra
floresceram em imensidão.
Como não ama-las?
Se elas tornam verde o jardim.
Como não estar certo?
Se mesmo deserto,
a vida desperta em mim.
Pierre Tenório
quinta-feira, 8 de maio de 2014
quarta-feira, 7 de maio de 2014
COPA DO MUNDO
Convoquei um entre todos
os 23 jogadores
pra dedicar um poema
e evitar outras dores
Como não tive resposta
apelei pros 22
nenhum deles me deu bola
segundo tempo depois
Parti pro time adversário
sem almejar mais vitórias
mantive-me arbitrário
Descobri que o coração
é um apito mudo
para qualquer seleção
Saí da arquibancada
com uma dor de cotovelo
o juiz filho da puta
me entregou cartão vermelho
Numa luta entre torcidas
logo fora do estádio
me senti tanto perdido
e me veio um presságio
Um vaso de sanitário
me atiraram à cabeça
disseram-me: Vá embora
e dos poemas esqueça
Fingi-me despercebido
e todo mundo sumiu
mesmo que zero a zero
quem perdeu foi o brasil.
Pierre Tenório
Convoquei um entre todos
os 23 jogadores
pra dedicar um poema
e evitar outras dores
Como não tive resposta
apelei pros 22
nenhum deles me deu bola
segundo tempo depois
Parti pro time adversário
sem almejar mais vitórias
mantive-me arbitrário
Descobri que o coração
é um apito mudo
para qualquer seleção
Saí da arquibancada
com uma dor de cotovelo
o juiz filho da puta
me entregou cartão vermelho
Numa luta entre torcidas
logo fora do estádio
me senti tanto perdido
e me veio um presságio
Um vaso de sanitário
me atiraram à cabeça
disseram-me: Vá embora
e dos poemas esqueça
Fingi-me despercebido
e todo mundo sumiu
mesmo que zero a zero
quem perdeu foi o brasil.
Pierre Tenório
terça-feira, 6 de maio de 2014
ORIGAMI
não me acuses
de ser perigoso, rapaz
amasso as folhas
e mato o que me apraz
esfrego as costas
em muros rebocados
para ver se o sangue
atinge além das calçadas
(viajo pelo meio fio encarnado)
entro no quarto de alguma pensão
e a cor dos olhos
pinta de rio, evasão.
(seco as nascentes enquanto recolho os barquinhos)
entre a lua estampada no lençol
e as estrelas do céu
além de nuvens pesadas
paredes de papel.
Pierre Tenório
não me acuses
de ser perigoso, rapaz
amasso as folhas
e mato o que me apraz
esfrego as costas
em muros rebocados
para ver se o sangue
atinge além das calçadas
(viajo pelo meio fio encarnado)
entro no quarto de alguma pensão
e a cor dos olhos
pinta de rio, evasão.
(seco as nascentes enquanto recolho os barquinhos)
entre a lua estampada no lençol
e as estrelas do céu
além de nuvens pesadas
paredes de papel.
Pierre Tenório
segunda-feira, 5 de maio de 2014
CAFÉ DA MANHÃ
Abri os olhos e
permaneci desacordado,
enlouquecido no inverno
embaixo das cobertas.
pingos de chuva, melodias.
Abri a janela e
permaneci deitado.
Disparei do cano
de um revólver,
pairando à luz do sol.
gatilho intacto,
mirei o vento e
acertei o calor
desfalecido entre
a neblina;
cabelos esvoaçantes.
Alimento das verdades
de mentira:
Estômago vazio
roncando em suspiros
preguiçosamente
delinquentes.
Desci as escadas e
alegre me dirigi
à cadeira vazia,
a tirei da mesa
em direção ao chão
distante
e
perdi a fome.
Pierre Tenório
Abri os olhos e
permaneci desacordado,
enlouquecido no inverno
embaixo das cobertas.
pingos de chuva, melodias.
Abri a janela e
permaneci deitado.
Disparei do cano
de um revólver,
pairando à luz do sol.
gatilho intacto,
mirei o vento e
acertei o calor
desfalecido entre
a neblina;
cabelos esvoaçantes.
Alimento das verdades
de mentira:
Estômago vazio
roncando em suspiros
preguiçosamente
delinquentes.
Desci as escadas e
alegre me dirigi
à cadeira vazia,
a tirei da mesa
em direção ao chão
distante
e
perdi a fome.
Pierre Tenório
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