esperei tanto, esperei
chegares perfumado,
horas aflito,
sonhei com teus olhos
cegos.
sei que você sabe
me enganar,
mas agora
tenho medo da estrada,
temo tuas flores.
esperei dias
e ficarei aqui
sentado,
quem sabe um dia
passe.
Pierre Tenório
http://m.youtube.com/watch?feature=youtube_gdata_player&v=3CQDwfh9XLc&desktop_uri=%2Fwatch%3Fv%3D3CQDwfh9XLc%26feature%3Dyoutube_gdata_player
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
terça-feira, 29 de outubro de 2013
PIQUENIQUE
ente a raiz
e as gramas,
o poema
lancha a dama.
--------------------------------------
Invasões Antropofágicas
Homens
plantam sementes,
enquanto devoram
a própria mente.
Homens
amam mulheres,
enquanto devoram
flores nascentes.
Invade a mulher
o homem,
pintando a casa,
permuta nomes.
Lavando roupas
Invade o homem
a mulher,
que gestante;
não sabe o que é.
Transcorpos homônimos
reluzem
animais selvagens.
Pierre Tenório
http://m.youtube.com/watch?v=quSVuBAZh4M&desktop_uri=%2Fwatch%3Fv%3DquSVuBAZh4M
ente a raiz
e as gramas,
o poema
lancha a dama.
--------------------------------------
Invasões Antropofágicas
Homens
plantam sementes,
enquanto devoram
a própria mente.
Homens
amam mulheres,
enquanto devoram
flores nascentes.
Invade a mulher
o homem,
pintando a casa,
permuta nomes.
Lavando roupas
Invade o homem
a mulher,
que gestante;
não sabe o que é.
Transcorpos homônimos
reluzem
animais selvagens.
Pierre Tenório
http://m.youtube.com/watch?v=quSVuBAZh4M&desktop_uri=%2Fwatch%3Fv%3DquSVuBAZh4M
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
DE NOVO AMOR
aprisionado
(entre parênteses)
morre num haicai.
RE(P(O(U(SOU)
venho, vou
dou voltas.
ia, iria,
vinho.
curvo, corvo
devoro.
cego pisco,
desmistifico.
voo cintilo.
devoto, declaro,
devoro.
declino, quebrado
espinho.
solfejo, perduro,
despetalo.
sou fresco, desafino,
alumio.
derroto calafrio.
prezo, na pressa
definho.
prosa, preço
derreto.
ao sol
caminho, preciso
de um lugar escuro.
alumínio alumbro.
Pierre Tenório
2 DOSES
http://www.youtube.com/watch?v=5s85a-fAwaI
http://www.youtube.com/watch?v=a7CTo2-bAA8
aprisionado
(entre parênteses)
morre num haicai.
RE(P(O(U(SOU)
venho, vou
dou voltas.
ia, iria,
vinho.
curvo, corvo
devoro.
cego pisco,
desmistifico.
voo cintilo.
devoto, declaro,
devoro.
declino, quebrado
espinho.
solfejo, perduro,
despetalo.
sou fresco, desafino,
alumio.
derroto calafrio.
prezo, na pressa
definho.
prosa, preço
derreto.
ao sol
caminho, preciso
de um lugar escuro.
alumínio alumbro.
Pierre Tenório
2 DOSES
http://www.youtube.com/watch?v=5s85a-fAwaI
http://www.youtube.com/watch?v=a7CTo2-bAA8
domingo, 27 de outubro de 2013
Estrelas, Cometas e Asteroides
Dias de penumbra
Noites ensolaradas.
Tempo lento que passa
trazendo em versos
a boa praga.
Causando estranhamento
aos olhos,
motivando palpitações cardíacas,
lavando a alma sebosa.
Banhando em sombras,
azul claro
e escuro.
Pierre Tenório
Noites ensolaradas.
Tempo lento que passa
trazendo em versos
a boa praga.
Causando estranhamento
aos olhos,
motivando palpitações cardíacas,
lavando a alma sebosa.
Banhando em sombras,
azul claro
e escuro.
Pierre Tenório
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
BANHO DE CUIA
Lamberia teus pés
Canelas
Panturrilhas
Joelhos
Coxas
Entre coxas
Veias
Virilhas
Voltaria e lamberia as tornozeleiras
Beijaria tuas mãos
Roeria as unhas
Como uma luva
Afagaria-te tanto
Seria sem dúvidas
a roupa de guerra
Indispensável adorno
Amigo inimigo
Inenarrável, as vezes
Puta de repente,mas tua
teus órgãos mastigaria
Como a um bebê
Lavaria tua bunda
Morderia as gorduras da barriga
Repousaria em travesseiro suado
e felpudo
Dançaria as batidas da tua vida
Até o pescoço, sentiria teu cheiro
Até o teu rosto, me perderia
Queixo
Boca
Língua
Beijo
Sopro
Cheiro
Óculos escuros
Esfregando das sobrancelhas
aos cabelos
Escorreria espuma
Corpo inteiro
Ao ralo.
Pierre Tenório
http://www.youtube.com/watch?v=XnIUVHtLC08
Canelas
Panturrilhas
Joelhos
Coxas
Entre coxas
Veias
Virilhas
Voltaria e lamberia as tornozeleiras
Beijaria tuas mãos
Roeria as unhas
Como uma luva
Afagaria-te tanto
Seria sem dúvidas
a roupa de guerra
Indispensável adorno
Amigo inimigo
Inenarrável, as vezes
Puta de repente,mas tua
teus órgãos mastigaria
Como a um bebê
Lavaria tua bunda
Morderia as gorduras da barriga
Repousaria em travesseiro suado
e felpudo
Dançaria as batidas da tua vida
Até o pescoço, sentiria teu cheiro
Até o teu rosto, me perderia
Queixo
Boca
Língua
Beijo
Sopro
Cheiro
Óculos escuros
Esfregando das sobrancelhas
aos cabelos
Escorreria espuma
Corpo inteiro
Ao ralo.
Pierre Tenório
http://www.youtube.com/watch?v=XnIUVHtLC08
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
3 em 1
VACINA
os cães estão livres
da forca,
não das coleiras.
SENHOR PERFEITO
tanto quis perfeição/
que perdeu/
as eleições.
NA CALÇADA
muitos grilos matou
e finalmente surda,
a velhinha infartou.
Pierre Tenório
os cães estão livres
da forca,
não das coleiras.
SENHOR PERFEITO
tanto quis perfeição/
que perdeu/
as eleições.
NA CALÇADA
muitos grilos matou
e finalmente surda,
a velhinha infartou.
Pierre Tenório
terça-feira, 22 de outubro de 2013
https://fbcdn-sphotos-h-a.akamaihd.net/hphotos-ak-ash4/1383532_575454179176245_33171972_n.jpg
NOVO ENDEREÇO
de tanto mudar,
os móveis
andam sozinhos.
Pierre Tenório
de tanto mudar,
os móveis
andam sozinhos.
Pierre Tenório
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
domingo, 20 de outubro de 2013
desculpa
Tinha pensado uma coisa, pensei outra,
eu havia perdido o teu poema,
aquele que escrevi pra ti.
Não sei pra onde ir, nem se deveria,
ou me atreveria.
Prefiro me queimar, me molhar, me despir,
me trancar e te guardar ali, na brecha
da porta entreaberta, no ferrugem do ferrolho,
no esmalte preto que esvai.
Teria os teus dedos em minhas mãos,
gostaria tanto de tê-los, eu amaria.
Penso tanto, tanto, tanto que despenco,
não sei mais, estou perdido.
Estou infame, insípido.
Idiota escrevo, bebo, tanto bebo, esperaria.
Um qualquer, acordo, velejo nos sonhos,
velejo nos teus sonhos,
velejo nos meus sonhos,
sonho e te vejo.
Venho e vou, te digo e me calo,
te amaria talvez, mas, tenho certeza disso.
O pior é isso.
Cantaria, te cantaria dezenas de vezes,
cantaria pra ti a qualquer hora,
ficaria sem palavras, sem voz.
Confesso que não tenho coragem
de encarar os teus olhos,
seria demais não adora-los.
Repito os mesmos movimentos
a cada madrugada, não reclamo.
Idealizo e materializo os teus olhos.
Tudo seria pior
ao contrário.
Pierre Tenório
eu havia perdido o teu poema,
aquele que escrevi pra ti.
Não sei pra onde ir, nem se deveria,
ou me atreveria.
Prefiro me queimar, me molhar, me despir,
me trancar e te guardar ali, na brecha
da porta entreaberta, no ferrugem do ferrolho,
no esmalte preto que esvai.
Teria os teus dedos em minhas mãos,
gostaria tanto de tê-los, eu amaria.
Penso tanto, tanto, tanto que despenco,
não sei mais, estou perdido.
Estou infame, insípido.
Idiota escrevo, bebo, tanto bebo, esperaria.
Um qualquer, acordo, velejo nos sonhos,
velejo nos teus sonhos,
velejo nos meus sonhos,
sonho e te vejo.
Venho e vou, te digo e me calo,
te amaria talvez, mas, tenho certeza disso.
O pior é isso.
Cantaria, te cantaria dezenas de vezes,
cantaria pra ti a qualquer hora,
ficaria sem palavras, sem voz.
Confesso que não tenho coragem
de encarar os teus olhos,
seria demais não adora-los.
Repito os mesmos movimentos
a cada madrugada, não reclamo.
Idealizo e materializo os teus olhos.
Tudo seria pior
ao contrário.
Pierre Tenório
sábado, 19 de outubro de 2013
UVA VERDE
hora anseio,
dispondo o tempo,
despindo a vida.
tirando a roupa
vestindo a roupa
tirando a roupa
vestindo a roupa
em instalações vinícolas,
tanques de concreto e de inox,
barris de carvalho ou
lagares de mármore
despejo meu peito
e meus órgãos,
declino.
me banho.
desenho em tuas veias
os traços das almas
penadas.
peso em teus sonhos,
te banho.
bebo tuas pegadas
nos meus caminhos,
gosto de ser amada
mais ainda quando
mastigas.
embriagando-te.
Pierre Tenório
dispondo o tempo,
despindo a vida.
tirando a roupa
vestindo a roupa
tirando a roupa
vestindo a roupa
em instalações vinícolas,
tanques de concreto e de inox,
barris de carvalho ou
lagares de mármore
despejo meu peito
e meus órgãos,
declino.
me banho.
desenho em tuas veias
os traços das almas
penadas.
peso em teus sonhos,
te banho.
bebo tuas pegadas
nos meus caminhos,
gosto de ser amada
mais ainda quando
mastigas.
embriagando-te.
Pierre Tenório
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
Bengala
Existem três tipos de pessoas,
as que nascem exclusivamente pra amar,
as que nascem para esnobar e
tem gente que tão simplesmente nasce
para tampar os buracos dos corações despedaçados.
O sujeito não sofre, não chora (não em público),
as vezes fala algo por instinto, mas, nada que se aproveite.
É sem dúvidas bom de cama, carinhoso,
um ótimo stand by e excelente em algumas coisas,
(trocar lâmpadas, ir ao mercado, consertar coisas...é mestre em consertos),
se contenta com pouco,
ou tanto faz,
as vezes opina. (de bom grado)
Pouco ostenta.
O ser até tenta se apegar (as vezes consegue),
esquecendo que sua função vital é plena e unicamente de
curativo,
tijolo,
mandinga,
coringa,
espinha,
obturação,
band-aid,
remendo,
gole de cachaça,
casca de banana,
durepox,
esparadrapo,
massa de modelar ou
qualquer coisa que ocupe um espaço vazio,
suco de laranja,
aplicativo,
caractere,
música.
Vamos materializa-lo em caco de pedra
(já que se fosse de vidro só pioraria a situação)
para concluirmos a anedota.
Depois de cumprir sua missão,
certificado que a casa está devidamente reformada,
o pedregulho tenta alojar-se
como parte integral da construção, mas,
é tarde demais,
esqueceu que não pagara aluguel a meses
e é simplesmente despejado.
Pelos meio fios das ruas suburbanas,
caminha solitário, amargo e duro,
é aproveitado e reaproveitado até sua velhice,
quando para sua esperança
é encontrado por um grupo de crianças
que decide brincar de amarelinha.
Pierre Tenório
as que nascem exclusivamente pra amar,
as que nascem para esnobar e
tem gente que tão simplesmente nasce
para tampar os buracos dos corações despedaçados.
O sujeito não sofre, não chora (não em público),
as vezes fala algo por instinto, mas, nada que se aproveite.
É sem dúvidas bom de cama, carinhoso,
um ótimo stand by e excelente em algumas coisas,
(trocar lâmpadas, ir ao mercado, consertar coisas...é mestre em consertos),
se contenta com pouco,
ou tanto faz,
as vezes opina. (de bom grado)
Pouco ostenta.
O ser até tenta se apegar (as vezes consegue),
esquecendo que sua função vital é plena e unicamente de
curativo,
tijolo,
mandinga,
coringa,
espinha,
obturação,
band-aid,
remendo,
gole de cachaça,
casca de banana,
durepox,
esparadrapo,
massa de modelar ou
qualquer coisa que ocupe um espaço vazio,
suco de laranja,
aplicativo,
caractere,
música.
Vamos materializa-lo em caco de pedra
(já que se fosse de vidro só pioraria a situação)
para concluirmos a anedota.
Depois de cumprir sua missão,
certificado que a casa está devidamente reformada,
o pedregulho tenta alojar-se
como parte integral da construção, mas,
é tarde demais,
esqueceu que não pagara aluguel a meses
e é simplesmente despejado.
Pelos meio fios das ruas suburbanas,
caminha solitário, amargo e duro,
é aproveitado e reaproveitado até sua velhice,
quando para sua esperança
é encontrado por um grupo de crianças
que decide brincar de amarelinha.
Pierre Tenório
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
na parede
o cheiro de sangue
coagulado no crucifixo,
ressuscita
a sede de vingança.
a mãe que perde
o filho por um tiro,
vigília justiça
sem nenhuma esperança.
Pierre Tenório
coagulado no crucifixo,
ressuscita
a sede de vingança.
a mãe que perde
o filho por um tiro,
vigília justiça
sem nenhuma esperança.
Pierre Tenório
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
TRAMPOLIM
Em leito de pedras
de mármore,
suor do teu corpo
banhando-me,
ao gosto desse
vai e vem.
Percebo o mar
na piscina,
quando Sol
espelha a sina,
do meu despertar
sem ninguém.
Pierre Tenório
de mármore,
suor do teu corpo
banhando-me,
ao gosto desse
vai e vem.
Percebo o mar
na piscina,
quando Sol
espelha a sina,
do meu despertar
sem ninguém.
Pierre Tenório
terça-feira, 15 de outubro de 2013
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
Retoque
Não preciso de cocaína para ser esquisita,
todavia, uso pó de arroz,
ajuda a disfarçar as marcas do tempo que perco de graça
fazendo outras bobagens espalhafatosas.
Heroína, salvo fonemas.
Como Gueisha ocidental pós moderna;
sou real,
perturbo corações proibidos
aprisionados a fortuna divina atemporal.
Iludo, me iludo,
novamente vice-versa.
Luto.
Anti- verborrágica, sou cadela romântica,
vacina avessa de neurônios esfumaçados e bem humorados.
Várias caretas faço, faço poemas,
fumo cigarro eletrônico,
Não atendo celular, atento às células.
Fico quieta, sou chata,
de graça brinco de humildade, às vezes.
Herética, profana, esperta.
Bebo drinks, constato calada, reparo, também sou falsa.
Penso mais merda do que falo, pouco falo,
falo no olho, descarada,
cara de pau,
inspiro, bafejo lento,
me sinto livre,
safada, osso duro embaixo do short,
afago de mentira.
Sou fictícia.
Na esquina de corselet apertado, cobro caro,
falo com cachorros, as vezes lato,
finjo de morta, sonsa.
Sou curta-metragem, sucinta.
Fálica, mágica.
Me alegam fina e olhando de cima,
enojo as línguas.
Farsa.
Abandonada, saia longa, cintura alta,
espero táxi,
bebo cachaça, fico em casa,
abraço travesseiros,
não uso joias
e sou viciada em retocar a maquiagem.
Me acho feia, porém, linda.
Pierre Tenório
todavia, uso pó de arroz,
ajuda a disfarçar as marcas do tempo que perco de graça
fazendo outras bobagens espalhafatosas.
Heroína, salvo fonemas.
Como Gueisha ocidental pós moderna;
sou real,
perturbo corações proibidos
aprisionados a fortuna divina atemporal.
Iludo, me iludo,
novamente vice-versa.
Luto.
Anti- verborrágica, sou cadela romântica,
vacina avessa de neurônios esfumaçados e bem humorados.
Várias caretas faço, faço poemas,
fumo cigarro eletrônico,
Não atendo celular, atento às células.
Fico quieta, sou chata,
de graça brinco de humildade, às vezes.
Herética, profana, esperta.
Bebo drinks, constato calada, reparo, também sou falsa.
Penso mais merda do que falo, pouco falo,
falo no olho, descarada,
cara de pau,
inspiro, bafejo lento,
me sinto livre,
safada, osso duro embaixo do short,
afago de mentira.
Sou fictícia.
Na esquina de corselet apertado, cobro caro,
falo com cachorros, as vezes lato,
finjo de morta, sonsa.
Sou curta-metragem, sucinta.
Fálica, mágica.
Me alegam fina e olhando de cima,
enojo as línguas.
Farsa.
Abandonada, saia longa, cintura alta,
espero táxi,
bebo cachaça, fico em casa,
abraço travesseiros,
não uso joias
e sou viciada em retocar a maquiagem.
Me acho feia, porém, linda.
Pierre Tenório
submundo
morrer sozinho,
sem rima pra acompanhar
tortuoso destino,
pra engasgar tem vinho.
na lama,
apagando as delícias
de um amor à primeira lida,
sem grana pra pagar, sem borracha.
lastimo
não nutrir tua vaidade,
já que exímio
mentes
pra imaginar
o que deveras sinto.
no cansaço das palavras,
descansar o que
do verbo,
verbo jaz.
matei um grilo, Deus me perdoe,
terei que matar outro.
Pierre Tenório
http://www.youtube.com/watch?v=QybIFNOH9rg
sem rima pra acompanhar
tortuoso destino,
pra engasgar tem vinho.
na lama,
apagando as delícias
de um amor à primeira lida,
sem grana pra pagar, sem borracha.
lastimo
não nutrir tua vaidade,
já que exímio
mentes
pra imaginar
o que deveras sinto.
no cansaço das palavras,
descansar o que
do verbo,
verbo jaz.
matei um grilo, Deus me perdoe,
terei que matar outro.
Pierre Tenório
http://www.youtube.com/watch?v=QybIFNOH9rg
sábado, 12 de outubro de 2013
castelo de areia
submersa incandescente
pérola negra brilha
salgada
pescoço encharcado
aguarda língua
em alto mar
és rei,
e nada mais.
Pierre
http://www.youtube.com/watch?v=s3PlSUUzzbM
pérola negra brilha
salgada
pescoço encharcado
aguarda língua
em alto mar
és rei,
e nada mais.
Pierre
http://www.youtube.com/watch?v=s3PlSUUzzbM
sexta-feira, 11 de outubro de 2013
VIGIA NOTURNO
não guardo mágoas
ando nas noites
ouço fantasmas.
não guardo versos
sou guarda
vejo amantes
sinto calor
vanguarda.
calo armas
evito dor
sofro calado
na lua vago, ao lado.
afago dardos
de amargos
ouço barulhos
ossos omissos
prelúdio
fecho ferrolhos
desejo cama sem vaidade.
tranco a paz
para insana
utiliza-la aos poucos
sou leal ao sol.
Pierre Tenório
não guardo mágoas
ando nas noites
ouço fantasmas.
não guardo versos
sou guarda
vejo amantes
sinto calor
vanguarda.
calo armas
evito dor
sofro calado
na lua vago, ao lado.
afago dardos
de amargos
ouço barulhos
ossos omissos
prelúdio
fecho ferrolhos
desejo cama sem vaidade.
tranco a paz
para insana
utiliza-la aos poucos
sou leal ao sol.
Pierre Tenório
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
cantada
muitas músicas
letras soníferas
até piscadas.
poemas como este
inúteis cromáticos
adormecem o brilho dos olhos.
pedreiros 'encimentam'
concretos sorrisos
ao sol escaldante
quebrando tijolos
em construções civis.
ponteiros
em quase silêncio
cercam o eixo
do meio tempo.
eis a melhor resposta para uma.
Pierre
letras soníferas
até piscadas.
poemas como este
inúteis cromáticos
adormecem o brilho dos olhos.
pedreiros 'encimentam'
concretos sorrisos
ao sol escaldante
quebrando tijolos
em construções civis.
ponteiros
em quase silêncio
cercam o eixo
do meio tempo.
eis a melhor resposta para uma.
Pierre
terça-feira, 8 de outubro de 2013
Importantes momentos interessantes,
momentos pensantes, instantes.
Instantes inconstantes, quase improváveis.
Segundos em meio aos olhos atentos,
esqueçem a atenção, em camera lenta passam rapidamente em
segundos despercebidos.
Cabides penduram os pensamentos perdidos,
que aguardam anonimos.
Sinonimos antônimos, aparentes,
mentes interligadas,
como em polegadas de alguma TV preto em branco, queimada.
Mendiga nosso amor como eu imploro toda vida, diariamente, teu sabor,
insípido desejo em meus lábios, vazios.
Rios inteiros, de memórias atormentadas pela paz que exalas,
condicionada aos segundos, há tempo!
Pierre
momentos pensantes, instantes.
Instantes inconstantes, quase improváveis.
Segundos em meio aos olhos atentos,
esqueçem a atenção, em camera lenta passam rapidamente em
segundos despercebidos.
Cabides penduram os pensamentos perdidos,
que aguardam anonimos.
Sinonimos antônimos, aparentes,
mentes interligadas,
como em polegadas de alguma TV preto em branco, queimada.
Mendiga nosso amor como eu imploro toda vida, diariamente, teu sabor,
insípido desejo em meus lábios, vazios.
Rios inteiros, de memórias atormentadas pela paz que exalas,
condicionada aos segundos, há tempo!
Pierre
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
domingo, 6 de outubro de 2013
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
Livros agradam qualquer prateleira, encantam qualquer ser humano, mesmo que enfileirados em cores estratégicas, até os empoeirados tem seu charme.
Quando começo a ler páginas muito ricas em números de fonemas, eles começam a circular como espirais hipnóticos e quando percebo, tatuei minha própria folha, uma tatuagem sobre a outra, cada uma mais ridícula que a outra, sobrepunha cores na tentativa inútil de apagar o negro que não mais tinha forma alguma. Não tenho paciência para delongas, na maioria das vezes, é ridículo.
Pra compensar tal devaneio, vejo filmes e filmes cheios de legendas, as quais, às vezes preciso voltar para acompanhar o contexto e a cena, sou meio lento mesmo, frase por frase lanço os olhos na expressão concreta, que na maioria das vezes, é uma merda, quando dá tempo. Como forma de martírio, vejo filmes nacionais com legenda, dublados me enojam, poluição sonora, quando os musicais são dublados a coisa fede muito por alguns minutos.
Adoro julgar livros pela capa, os leio até perceber que as linhas permanecem retas.
Poemas, ah, poemas. (suspiro)
Não costumo julgar as pessoas pela capa, já que alguns gênios expressam suas dores através dela, não levam o menor jeito para combinar as peças, além de que isso seria um insulto, coisa de bicha, bem viada, até prefiro os que nem tentam. É deles que eu gosto.
A poesia da música, qualquer tipo de linguagem expressada é admissível, nem que seja por alguns minutos, o importante mesmo são as transformações que sofremos ao nos abrirmos a absorção de cada experiência adquirida. Experimentar é essencial.
Tem gente que nasce pra inspirar os outros, outros são abduzidos, tem gente reflexiva e os mais engraçados e bem sucedidos são os que estampam as capas de revistas pornográficas e rótulos de suplementos alimentares. Enquanto algumas coisas morrem, outras nascem.
Por via das dúvidas me apego à ancestralidade, não se julga um livro pelo primeiro poema, nem que ele seja perfeito apenas pela primeira poesia, a capa.
Eis a minha tara!
Pierre Tenório
Quando começo a ler páginas muito ricas em números de fonemas, eles começam a circular como espirais hipnóticos e quando percebo, tatuei minha própria folha, uma tatuagem sobre a outra, cada uma mais ridícula que a outra, sobrepunha cores na tentativa inútil de apagar o negro que não mais tinha forma alguma. Não tenho paciência para delongas, na maioria das vezes, é ridículo.
Pra compensar tal devaneio, vejo filmes e filmes cheios de legendas, as quais, às vezes preciso voltar para acompanhar o contexto e a cena, sou meio lento mesmo, frase por frase lanço os olhos na expressão concreta, que na maioria das vezes, é uma merda, quando dá tempo. Como forma de martírio, vejo filmes nacionais com legenda, dublados me enojam, poluição sonora, quando os musicais são dublados a coisa fede muito por alguns minutos.
Adoro julgar livros pela capa, os leio até perceber que as linhas permanecem retas.
Poemas, ah, poemas. (suspiro)
Não costumo julgar as pessoas pela capa, já que alguns gênios expressam suas dores através dela, não levam o menor jeito para combinar as peças, além de que isso seria um insulto, coisa de bicha, bem viada, até prefiro os que nem tentam. É deles que eu gosto.
A poesia da música, qualquer tipo de linguagem expressada é admissível, nem que seja por alguns minutos, o importante mesmo são as transformações que sofremos ao nos abrirmos a absorção de cada experiência adquirida. Experimentar é essencial.
Tem gente que nasce pra inspirar os outros, outros são abduzidos, tem gente reflexiva e os mais engraçados e bem sucedidos são os que estampam as capas de revistas pornográficas e rótulos de suplementos alimentares. Enquanto algumas coisas morrem, outras nascem.
Por via das dúvidas me apego à ancestralidade, não se julga um livro pelo primeiro poema, nem que ele seja perfeito apenas pela primeira poesia, a capa.
Eis a minha tara!
Pierre Tenório
quarta-feira, 2 de outubro de 2013
tanta vida antecipada
já não tenho os mesmos dentes
já não canto como antes.
tanta letra enclausurada
já não falo quase nada
já não ligo pra ninguém.
tantos eu(s em) ti
quanto tu em nós
já não sinto mais
o que em mim destróis.
tanta vida ameaçada
e eu aqui soprando rimas
pobrezinhas
que não servirão caladas.
Pierre Tenório
já não tenho os mesmos dentes
já não canto como antes.
tanta letra enclausurada
já não falo quase nada
já não ligo pra ninguém.
tantos eu(s em) ti
quanto tu em nós
já não sinto mais
o que em mim destróis.
tanta vida ameaçada
e eu aqui soprando rimas
pobrezinhas
que não servirão caladas.
Pierre Tenório
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