Boas línguas me chamam de ingrato,
outras de ambicioso,
egoísta,nem se fala. Se lambe.
Me beijam nas madrugadas imperfeitas,
as quais eu nem lembro a cor da camisa despida no meio da rua.
Compartilham o alcool venenoso,que contamina meu sangue,
me enchendo de ódio,ódio que se transforma em lágrimas de veneno,
que eu deixo cair no meio das praças desertas,na cidade vazia.
Falam até dos meus bolsos ocos,
da tortura imaterial que consome meus vinte e poucos anos.
Enquanto isso,as más línguas,coitada delas,
me amam por aí,sozinhas!
Pierre Tenório
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