terça-feira, 30 de setembro de 2014

MAIS UM POEMA RIDÍCULO

sonhei comigo mesma
me masturbei por horas
joguei xadrez sozinha
sem discos na vitrola

beijei muitos espelhos
brindei taças de lágrimas
raspei os meus cabelos
bonita te esperava

jantei a luz de velas
rocei o pé na perna
da cadeira vazia
que na mesa te espera

amaldiçoo teu nome
pela milésima vez
nenhum demônio escuta
a minha insensatez

bendito seja teu nome
por uma única chance
de caso deuses existam
trazerem tu, meu calmante

tornei-me um ser inerte
por nada tenho apreço
envio gardênias murchas
para meu próprio endereço

nunca irei ao cinema
nem tocarei violão
não cantarei para os muros
que isolam os corações

perdida num labirinto
relembro aquele perfume
fatio os meus instintos
catana sem nenhum gume.

Pierre Tenório





















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