peço desculpas por não ser 
um poeta como você come 
sou pecador acíduo
odeio quando a fumaça passa 
despercebida 
amo os meus ódios 
cheios de olhos 
fechados
abro as cortinas da razão
e a paisagem não é bonita 
mentiras são nãos
de óculos quebrados
e bocas amordaçadas
as fachadas dos lugares
nos condenam a mesmice
das verdades esfarrapadas;
mergulho meu corpo cego e
a terra entre os meus dedos 
colorem o universo
de um rio que vive sozinho.
distante cavo profundo 
pra ver se encontro teu mundo.
onde finalmente eu possa me perder em paz
Pierre Tenório
 
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