quando os pais viajam para longe 
os filhos dormem pela casa 
nuvens de poeira vagam ao telhado
quadros pincelados redecoram tempos
e além disso os porta retratos 
lençóis para sempre desforrados
o eco que reverberando os olhos 
varre o chão pra poder andar descalço 
um passarinho assombra as noites na marquise 
e a janela guarda o calor do meu corpo
o café quente não estará pronto
nas manhãs o barulho soa morto
precisei vender as alianças.
Pierre Tenório
 
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