POEMA SANTO
Somos os deuses e demônios
da consciência que criamos
Alimentando falsos sonhos
até quando não esperamos;
Como peixinhos numa rede
em fuga dos maus olhares,
Querendo escapar da sede e
da lâmina que por lugares
Do corpo estrategicamente
cortará dos fatos à mente.
[O sangue que bebo em taças
não cura as minhas desgraças]
Eu não inventei essa história
pois, não sei mais o que crio
Não haverá escapatória
para o fluxo do rio
Que afogará os milagres,
pressentimentos e cios;
Por mais que eu tente fugir
meu corpo quer submergir
Nas lágrimas e gargalhadas
das cenas desesperadas.
[A cruz que estou pregado
não é sinal de legado.]
{tenório}
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