quinta-feira, 2 de abril de 2015

POEMA SANTO

Somos os deuses e demônios
da consciência que criamos

Alimentando falsos sonhos
até quando não esperamos;

Como peixinhos numa rede
em fuga dos maus olhares,

Querendo escapar da sede e
da lâmina que por lugares

Do corpo estrategicamente
cortará dos fatos à mente.

[O sangue que bebo em taças
não cura as minhas desgraças]

Eu não inventei essa história
pois, não sei mais o que crio

Não haverá escapatória
para o fluxo do rio

Que afogará os milagres,
pressentimentos e cios;

Por mais que eu tente fugir
meu corpo quer submergir

Nas lágrimas e gargalhadas
das cenas desesperadas.

[A cruz que estou pregado
não é sinal de legado.]

{tenório}

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