PERSONIFICAR
Personagens
para você
não haveriam,
ocorreriam, caso
o rio destruísse
as barreirras que
só o mar desaba.
Desaguando
as entradas e saídas
da memória acesa,
apagada, invadida
pela fresta da imagem
nítida e lambuzada;
presente lapidado.
Dados lançados
à mesa repleta
em deuses,
forjados moleques,
leques melódicos e
afazeres.
Seres inóspitos
contemplam óculos.
Escuras almas
de branca pele
perdem o jogo e
carregam o prêmio.
Não existe a final, amor!
Pierre Tenório
sábado, 30 de novembro de 2013
ESCÁRNIO PALADAR
o sabor do início
é tão mélico,
que ao findo
precipício.
azedo
o sabor da mentira
é tão antigo,
que a verdade
seria castigo.
doce
o sabor do insípido
é tão gostoso,
que lamber rostos
para absorver impurezas
é o fardo favorito.
salgado
amar é impróprio;
amargo.
Pierre Tenório
é tão mélico,
que ao findo
precipício.
azedo
o sabor da mentira
é tão antigo,
que a verdade
seria castigo.
doce
o sabor do insípido
é tão gostoso,
que lamber rostos
para absorver impurezas
é o fardo favorito.
salgado
amar é impróprio;
amargo.
Pierre Tenório
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
domingo, 24 de novembro de 2013
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
ALTARES
fui dormir
com um tremendo
terceiro olho.
um soco
de tiro
na testa.
não era pólvora
ou fogo de palha,
era festinha
à fantasia.
mesmo assim,
não conseguia
enxergar o
abismo;
embora
já tivesse
morrido
afogado.
naquele frio
na barriga
de todas
as quedas.
Pierre Tenório
com um tremendo
terceiro olho.
um soco
de tiro
na testa.
não era pólvora
ou fogo de palha,
era festinha
à fantasia.
mesmo assim,
não conseguia
enxergar o
abismo;
embora
já tivesse
morrido
afogado.
naquele frio
na barriga
de todas
as quedas.
Pierre Tenório
domingo, 17 de novembro de 2013
FOFOCA EM CICLO ANIMAL
Tenhamos calma,
muita calma, vamos
à calma.
Onde a calma
mora e a calma chora
a água da falta de calma.
Calma baby, os segredos
nunca serão decotados ou
nitidamente revelados,
como os amores são desaguados
com muita calma,
precisão e classe.
Calma amor, só ela acalma,
hahaha.
É no cotidiano que o segredo
sujo é revelado, acalmado,
escondido, aclamado e apedrejado
pelas línguas que não são calmas.
Cade o café e a calma?
Odeio café e bebo com muito glamour.
Por hora tenha calma,
porra, agora não tem mais jeito,
leito ou sentimentos perfeitos.
Não tem Krishna, nem rima,
olfato ou naturalíssimas crinas,
cavalgam as vacas magras de filosofias
elefantes, Ganeshas,
ultrajes sem nenhum rigor,
antiguidade. Reais desvalorizados,
uma dolinha de dez miada.
Agora nem eu sei mais o que é.
Será que sou fã da desgraça
ou da vagina?
Será que sou maldita
ou perseguida?
O único professor que
eu conheço são as situações.
Calma senhora,
o ônibus já vai chegar e
te levará com muito gosto
numa viagem ao passado.
Calma virgem que
o seu rombo vai colher
as flores do jardim,
perfurando as regras do
teu regresso às cores
inenarráveis do espinho.
Santa calma.
Calma hipócrita, a poesia
é longa e sem noção de espaço,
cumprimento ou métrica, no entanto,
todavia, quase ao ritmo me permito,
sem respeito, defeito,
ela tem educação, a poesia faz sentido,
os poemas não, as vezes é,
as vezes não, a poesia é cão sem vírgulas,
espirro que vai e volta sem normas.
Vagabunda sem alma!
Significando o esperma à beira da buceta atormentada,
decidindo se sai ou entra, se levanta ou senta.
Ridículos e hipertensos são os livros
não lidos ou as vidas passadas,
ultrapassadas, corpos não realizados
ou marginais compadecidos?
-Passa pra dentro de casa. não me toca vadia, vou me banhar.
Vagabunda.
É pelo rabo que os cães demonstram os sentimentos.
Atenção,
tem uma brecha no chuveiro.
Se eu fosse o passado,
cometeria o desfrute de
comer futuros.
Beijos.
Policiais disfarçados desfalcam.
Entregadores de pizza derramam
muito molho sobre as gorjetas.
A entrega a alma não,
a calma que se instala na
vista beirando o sol.
E quantas facas
desfalcam faces em luz vermelha?
Olhos verdes
cegos de sorriso amarelo.
Pierre Tenório
Tenhamos calma,
muita calma, vamos
à calma.
Onde a calma
mora e a calma chora
a água da falta de calma.
Calma baby, os segredos
nunca serão decotados ou
nitidamente revelados,
como os amores são desaguados
com muita calma,
precisão e classe.
Calma amor, só ela acalma,
hahaha.
É no cotidiano que o segredo
sujo é revelado, acalmado,
escondido, aclamado e apedrejado
pelas línguas que não são calmas.
Cade o café e a calma?
Odeio café e bebo com muito glamour.
Por hora tenha calma,
porra, agora não tem mais jeito,
leito ou sentimentos perfeitos.
Não tem Krishna, nem rima,
olfato ou naturalíssimas crinas,
cavalgam as vacas magras de filosofias
elefantes, Ganeshas,
ultrajes sem nenhum rigor,
antiguidade. Reais desvalorizados,
uma dolinha de dez miada.
Agora nem eu sei mais o que é.
Será que sou fã da desgraça
ou da vagina?
Será que sou maldita
ou perseguida?
O único professor que
eu conheço são as situações.
Calma senhora,
o ônibus já vai chegar e
te levará com muito gosto
numa viagem ao passado.
Calma virgem que
o seu rombo vai colher
as flores do jardim,
perfurando as regras do
teu regresso às cores
inenarráveis do espinho.
Santa calma.
Calma hipócrita, a poesia
é longa e sem noção de espaço,
cumprimento ou métrica, no entanto,
todavia, quase ao ritmo me permito,
sem respeito, defeito,
ela tem educação, a poesia faz sentido,
os poemas não, as vezes é,
as vezes não, a poesia é cão sem vírgulas,
espirro que vai e volta sem normas.
Vagabunda sem alma!
Significando o esperma à beira da buceta atormentada,
decidindo se sai ou entra, se levanta ou senta.
Ridículos e hipertensos são os livros
não lidos ou as vidas passadas,
ultrapassadas, corpos não realizados
ou marginais compadecidos?
-Passa pra dentro de casa. não me toca vadia, vou me banhar.
Vagabunda.
É pelo rabo que os cães demonstram os sentimentos.
Atenção,
tem uma brecha no chuveiro.
Se eu fosse o passado,
cometeria o desfrute de
comer futuros.
Beijos.
Policiais disfarçados desfalcam.
Entregadores de pizza derramam
muito molho sobre as gorjetas.
A entrega a alma não,
a calma que se instala na
vista beirando o sol.
E quantas facas
desfalcam faces em luz vermelha?
Olhos verdes
cegos de sorriso amarelo.
Pierre Tenório
quinta-feira, 14 de novembro de 2013
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
sábado, 9 de novembro de 2013
SÍNDROME
Apanhei com os dedos,
cinzas borralhas
que desastrosamente ousei
derrubar.
Estranhei os traços grotescos
miragem encantadora,
sem sentimentos
em par.
Sequei manchas
do corpo adormecido,
que não escolhe um ardor
para amar.
Fugi da terra esquecida
levando poesia,
que desprende
rastros deixar.
Pierre Tenório
cinzas borralhas
que desastrosamente ousei
derrubar.
Estranhei os traços grotescos
miragem encantadora,
sem sentimentos
em par.
Sequei manchas
do corpo adormecido,
que não escolhe um ardor
para amar.
Fugi da terra esquecida
levando poesia,
que desprende
rastros deixar.
Pierre Tenório
sexta-feira, 8 de novembro de 2013
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
FOFURINHA SAUDOSA
a coisa mais
bonita que
existiu, agora
faz doer
o coração,
dor daquelas
que abate
todo tipo
de reação.
tem gente
que chama
morte,
outros chamam
de paixão,
eu chamo de
eternidade,
porque amor
não morre não.
Pierre Tenório
http://m.youtube.com/watch?v=3CP6DH92Bww&desktop_uri=%2Fwatch%3Fv%3D3CP6DH92Bww
a coisa mais
bonita que
existiu, agora
faz doer
o coração,
dor daquelas
que abate
todo tipo
de reação.
tem gente
que chama
morte,
outros chamam
de paixão,
eu chamo de
eternidade,
porque amor
não morre não.
Pierre Tenório
http://m.youtube.com/watch?v=3CP6DH92Bww&desktop_uri=%2Fwatch%3Fv%3D3CP6DH92Bww
terça-feira, 5 de novembro de 2013
Pingos de chuva
Aquecido me impunha;
reavivo, esquecido penumbro.
Recrio.
Entre as paredes
inquieto, suspiro
solo fértil.
Digerido.
Sereia, nada.
Rei ao mito
sozinho.
Fito águas claras.
Pierre Tenório
http://m.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Fwww.youtube.com%2Fwatch%3Fv%3DAuKl_L3STNQ&h=4AQHo3x5V&s=1
reavivo, esquecido penumbro.
Recrio.
Entre as paredes
inquieto, suspiro
solo fértil.
Digerido.
Sereia, nada.
Rei ao mito
sozinho.
Fito águas claras.
Pierre Tenório
http://m.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Fwww.youtube.com%2Fwatch%3Fv%3DAuKl_L3STNQ&h=4AQHo3x5V&s=1
sábado, 2 de novembro de 2013
ALMA PENALIZADA
Mestre na arte da ideia,
sou peste alastrada
pelos rios venosos da mentira.
Sou tira, e disparo
espermas para todos os lados,
arestas, vértices e rumos.
Camisa de força,
amarro a forca e
me lanço em precipícios
de um metro e meio.
Mergulho.
Ouço desfalecer
a memória fraca.
Típico decesso
diário, definho nos excessos
sem pena.
Ao fim, nado.
Pierre Tenório
http://www.youtube.com/watch?v=tBzlhIYELeM
sou peste alastrada
pelos rios venosos da mentira.
Sou tira, e disparo
espermas para todos os lados,
arestas, vértices e rumos.
Camisa de força,
amarro a forca e
me lanço em precipícios
de um metro e meio.
Mergulho.
Ouço desfalecer
a memória fraca.
Típico decesso
diário, definho nos excessos
sem pena.
Ao fim, nado.
Pierre Tenório
http://www.youtube.com/watch?v=tBzlhIYELeM
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