há uma pedra dentro dos meus olhos
um pedregulho nos teus sonhos pairam
brilham nossas águas asteroides  
desato os nós da garganta 
desato os nós
atos  
volto no tempo 
e sigo ao vento para 
conseguir seguir 
não vejo o poema 
como ele era 
vivo vívido vivido  
em todo aspecto de seiva 
os olhos de bomba 
explodem 
sobre mim
sobre
flores.
 
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