. Janeiro o desmanche das árvores de natal
pode nem parecer
importante
acho que nem é
mesmo
na verdade tenho
certeza
não é mesmo importante
este poema ou a causa
deste bilhete
no entanto ele tem
espírito
este poema tem vida
e pode terminar
numa charmosa interro-
gação.
imagine só
você amar a sensível
e poderosa alma
do ser corpo mais chato
e estúpido e charmoso
deste mundo
depois de uma infinidade de amores e despedidas
não se pode confundir a alma com o corpo
mesmo sendo um espírito ancestral
daí eu me pergunto se não é
estupendamente poético
essa pessoa
este espírito transcendental
este corpo homem
mais feminista idealista comunista
gostoso de ouvir
falar
algumas
coisas
gostoso
pois tem o curioso gosto
de uma fruta caída do pé
gostoso pois que eu
gosto de gostar
mastigar
engolir
como se engolisse um
espírito
não é estupendamente poético
essa pessoa
te deixar
de te seguir
no instagram?
Janeiro. O desmanche das árvores de
natal.
Pierre Tenório
quarta-feira, 22 de janeiro de 2020
segunda-feira, 20 de janeiro de 2020
sei que você gosta só de mim
mas gozar não é amar pra mim
sou só um pouquinho romântica sim pirilim
não faço magias para ti
pra você se apaixonar por mim
sei que voce gosta mesmo assim
de ficar dentro de mim
e eu por fora fico louca k k k ahhh
quando visto a roupa
você faz de conta
que nunca te vi
e eu também sorri
fui na cachoeira
mas a água era salgada
teu suor me embriaga
e o feitiço acaba
(teu suor me alagava)
e eu louca
mas gozar não é amar pra mim
sou só um pouquinho romântica sim pirilim
não faço magias para ti
pra você se apaixonar por mim
sei que voce gosta mesmo assim
de ficar dentro de mim
e eu por fora fico louca k k k ahhh
quando visto a roupa
você faz de conta
que nunca te vi
e eu também sorri
fui na cachoeira
mas a água era salgada
teu suor me embriaga
e o feitiço acaba
(teu suor me alagava)
e eu louca
segunda-feira, 13 de janeiro de 2020
Rasguei todas as páginas do poema
o único poema meu
tudo bem que eu não esteja
apto tocar tuas vértebras
mas você não pode dizer
que tudo isso é óbvio
eu só acimentava a janela
enquanto dormias
teu vento foi o meu poema
e os poemas são distantes
de nós
caminhei poucos passos
com teus pés enquanto
dormias
me pergunto se vejo o sol
pela rua
fui obrigado a te dissipar
pelas noites de vidro
saindo do sonho
enquanto dormias.
o único poema meu
tudo bem que eu não esteja
apto tocar tuas vértebras
mas você não pode dizer
que tudo isso é óbvio
eu só acimentava a janela
enquanto dormias
teu vento foi o meu poema
e os poemas são distantes
de nós
caminhei poucos passos
com teus pés enquanto
dormias
me pergunto se vejo o sol
pela rua
fui obrigado a te dissipar
pelas noites de vidro
saindo do sonho
enquanto dormias.
Assinar:
Postagens (Atom)