faz de conta que morri por algum dos poemas 
que você me cortou, com os pés pela mata mantive 
letra por letra da mesma letra do mesmo poema da mesma 
imagem da mesma miragem da mesma poeta 
sangrei até calar não perdi os sentidos 
desrespeitando os motivos me dando, doando, falando
calando as coisas as causas os causos 
nossa dor 
sempre quando me matas renasço 
enfeitiçada pelo fogo pela água 
pelas pedras 
arejada 
num encontro, desencontro  
onde os corpos, entre corpos 
se besteiram
se bocejam
se indagam
 
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