a cadeira não existe mais, quebrou-se
foi despedaçando 
o assento se desfez 
as linhas se desentrelaçaram 
fios de plástico 
amor pra sempre
ultra raios
da cadeira que se desfaz
cansada de estar sentada 
o tempo inteiro 
a foto 
que existe 
entre os dedos, um cigarrinho
uma lembrança 
suspiros
que não existem mais 
quebraram-se 
e habitam aqui, nos meus seios 
em silêncio estou só isto
transitando entre feitiços.
Pierre Tenório 
 
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