ONZE E MEIA
Me desespero
quando não sinto
as tuas mãos
tateando-me
tatuando-me
torturando
me decifrando.
Te exaspero
perfurando-te
perfumando-te
perpetuando
espero.
minha saliva
te afoga
e tua língua
me penetra.
Pierre Tenório
quarta-feira, 30 de março de 2016
segunda-feira, 28 de março de 2016
terça-feira, 22 de março de 2016
20 de março de 2016
Vivo morrendo
de rir das coisas
ao meu redor
Morro vivendo
chorando tudo
que há de pior
Melhor seria
que me bastasse
apenas ser
Só que nem tudo
é bem do jeito
que a gente quer.
larvas de vulcão escorrem
dos meus dedos todo tempo
e no silêncio me contenho
e me contento no silêncio
a alma queima congelada
sou um deserto quase frio
cheio de cores
e miragens
parece impossível me tocar
corro parado
e guardo certezas
nas profundezas
das minhas dúvidas
desculpa se preciso ficar sozinho
é que aprendi a amar dessa forma
também aprendi a jogar
amores fora.
Pierre Tenório
Vivo morrendo
de rir das coisas
ao meu redor
Morro vivendo
chorando tudo
que há de pior
Melhor seria
que me bastasse
apenas ser
Só que nem tudo
é bem do jeito
que a gente quer.
larvas de vulcão escorrem
dos meus dedos todo tempo
e no silêncio me contenho
e me contento no silêncio
a alma queima congelada
sou um deserto quase frio
cheio de cores
e miragens
parece impossível me tocar
corro parado
e guardo certezas
nas profundezas
das minhas dúvidas
desculpa se preciso ficar sozinho
é que aprendi a amar dessa forma
também aprendi a jogar
amores fora.
Pierre Tenório
segunda-feira, 14 de março de 2016
segunda-feira, 7 de março de 2016
escrevo e jogo poemas fora
no lixo denso das sabedorias
nos vasos que há dentro dos corpos
nos pratos que não mato a fome
parece bobagem (ou frescura)
mas, por mais vazio que sinta
meus versos são calejados
e somente posso sentir
d'um jeito bem semelhante
ao que todo mundo sente
meus versos são para as folhas
das árvores, baleias, astronaves
para qualquer olho cego, morto-vivo
ou talvez para os amigos
dos amigos
ninguém mais
meus versos são para o meu ex namorado
e também para o seu
passado e futuro, nunca presentes
não, não são presentes
pálidos
os poemas são fatos ou fotos,
fitas de vídeo e cetim
vícios, viço
jogo poemas fora
mas, não me atreveria
jogar um papel de bala
desarmado na calçada.
tenório, pierre
no lixo denso das sabedorias
nos vasos que há dentro dos corpos
nos pratos que não mato a fome
parece bobagem (ou frescura)
mas, por mais vazio que sinta
meus versos são calejados
e somente posso sentir
d'um jeito bem semelhante
ao que todo mundo sente
meus versos são para as folhas
das árvores, baleias, astronaves
para qualquer olho cego, morto-vivo
ou talvez para os amigos
dos amigos
ninguém mais
meus versos são para o meu ex namorado
e também para o seu
passado e futuro, nunca presentes
não, não são presentes
pálidos
os poemas são fatos ou fotos,
fitas de vídeo e cetim
vícios, viço
jogo poemas fora
mas, não me atreveria
jogar um papel de bala
desarmado na calçada.
tenório, pierre
quarta-feira, 2 de março de 2016
SORRISO ESBOÇO
Observe sempre
pequenos detalhes
mas, nunca se prenda
aos grandes olhos
de qualquer pessoa
faça um negócio
quebre os espelhos
por toda casa
retire os óculos
vista a cegueira dos animais
siga instintos elementais
seja a poeira
das folhas brancas
desequilibre-se
rente aos tremores
mergulhe fundo
em erupções
não precisa sorrir na foto
para gargalhar do outro
pode esquecer essa história
daquele que ri por último.
Pierre Tenório
Observe sempre
pequenos detalhes
mas, nunca se prenda
aos grandes olhos
de qualquer pessoa
faça um negócio
quebre os espelhos
por toda casa
retire os óculos
vista a cegueira dos animais
siga instintos elementais
seja a poeira
das folhas brancas
desequilibre-se
rente aos tremores
mergulhe fundo
em erupções
não precisa sorrir na foto
para gargalhar do outro
pode esquecer essa história
daquele que ri por último.
Pierre Tenório
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