quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

poema de domingo à tarde

não
eu não quero morrer agora,
preciso sentir o cheiro da noite
e da privada

sentir o beijo das almas
e o corte das pálpebras

eu não quero morrer
porque não me permito
desaparecer pelos buracos
brancos do esquecimento

não, eu não quero morrer
ainda preciso abraçar o vento
concreto e não
real.

Pierre Tenório

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