poema de domingo à tarde
não
eu não quero morrer agora,
preciso sentir o cheiro da noite
e da privada
sentir o beijo das almas 
e o corte das pálpebras
eu não quero morrer
porque não me permito 
desaparecer pelos buracos 
brancos do esquecimento
não, eu não quero morrer
ainda preciso abraçar o vento 
concreto e não
real.
Pierre Tenório
 
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