as moscas passeiam pelas ruas
pousando em nossas macaxeiras
com manteiga derretida sobre
nós dançando agarrados
a nós mesmos
numa dança
de algum jantar
em plena guerra
espera
não lanço sorrisos
pegue a mão dos meus olhos
e siga sempre pra onde
não quiseres
contra dance
contra eu
faça-me o favor
de pisar meu pé
sobrevoando as lógicas
das nossas semióticas.
Pierre Tenório
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016
poema de domingo à tarde
não
eu não quero morrer agora,
preciso sentir o cheiro da noite
e da privada
sentir o beijo das almas
e o corte das pálpebras
eu não quero morrer
porque não me permito
desaparecer pelos buracos
brancos do esquecimento
não, eu não quero morrer
ainda preciso abraçar o vento
concreto e não
real.
Pierre Tenório
não
eu não quero morrer agora,
preciso sentir o cheiro da noite
e da privada
sentir o beijo das almas
e o corte das pálpebras
eu não quero morrer
porque não me permito
desaparecer pelos buracos
brancos do esquecimento
não, eu não quero morrer
ainda preciso abraçar o vento
concreto e não
real.
Pierre Tenório
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016
Súdito
Arrumei as malas
simulando fuga
naveguei parado
por terras de nunca
Conheci paisagens
as quais desprezei
dei misericórdia
descumpri as leis
Na imensidão do teu corpo
ousei ser tripulante
por lá fiz de tudo um pouco
só não pude ser amante
Me perdi nas próprias palavras
inclusive as que calei
Queimo todos os castelos
onde não posso ser rei.
Pierre Tenório
Arrumei as malas
simulando fuga
naveguei parado
por terras de nunca
Conheci paisagens
as quais desprezei
dei misericórdia
descumpri as leis
Na imensidão do teu corpo
ousei ser tripulante
por lá fiz de tudo um pouco
só não pude ser amante
Me perdi nas próprias palavras
inclusive as que calei
Queimo todos os castelos
onde não posso ser rei.
Pierre Tenório
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