quarta-feira, 6 de maio de 2015

HUMOR

Não é por mal, mas gosto de ver as pessoas perdendo o controle de suas vidas patéticas;
jogando coisas fora, catando lixo e até fumando merda.
Adoro quando tentam ser eu, é quando acho mais engraçado;
confesso que aprendo coisas, principalmente a mudar meus rumos.
Não é por mal, mas não sinto compaixão por gente artificial,
conheço de longe papéis baratos e não me agrada teatro estudantil,
cães ladram e até mordem, mas não são capazes
de tirar uma nota dentro do tom;
a única coisa que machucam, são ouvidos.
Adoro mais ainda quando querem o que é meu, assim,
posso adquirir novas peças e me reconstruir.
Só não gosto quando me tomam como exemplo,
já que nunca fui rainha do milho.
Saber quando a maconha é boa e não é droga,
vale mais que qualquer psicotrópico,
melhor ir à farmácia comprar absorvente interno,
quem sabe não absorvera algum poema um dia frio,
num bom lugar pra ler a bíblia e o pensamento em alguma xoxota.
Tem dias que acordo odiando os evangélicos,
certos deles eu preferia ver queimados,
e não seria no fogo do inferno; Perdão, Deusa!
Não suporto o previsível, somente quando viajo sem grana.
Gosto de bagunça; algo simples, criativo e gentil
principalmente se for prensado.

Me emociona a clareza e a escuridão das realidades;
cheiro de fossa sabor lavanda.

Pierre Tenório

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