PECADO
Regarei desfalecidos jardins
com pedregulhos e sementes
a espera não jaz em mim
como o veneno da serpente
que rastejando sobre as nuvens
carregadas de tempestades
devora dos raios o perfume
e a energia das divindades
fareja lambendo os ares
à espreita silenciosa
e de aquiles os calcanhares
beija como as rosas
numa cesta aguarda incauta
entregue à luz de frestas
anseia o som das flautas
dividindo o bem e o mal
vive e morre perdida
em sua dança pessoal.
Pierre Tenório
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