inventaram para mim
a morte
quarta-feira, 5 de maio de 2021
EVITA
sou uma puta que não transa
ainda assim diz que te ama
faz drama, reclama, também
te liga, depois desliga
meu amor é de fachada
meio fio, calçada, fala
quando você coloca o pau
pra fora e eu adormeço
sinto que o fim é o começo
meu amor, eu só te dou
tudo que tenho pois é
tudo que invento, lento
o vento faz com que
eu pense em outras coisas
para escrever e quando escrevo
sobre você, meu corpo levita.
me esqueço
minhas palavras
cospem nos meus pés
é como se o abraço
nunca chegasse
quanto mais espero
nada chega perto
cospem nos meus pés
é como se o abraço
nunca chegasse
quanto mais espero
nada chega perto
e as lágrimas do meu copo
gotejam em minhas pernas
gotejam em minhas pernas
minhas pernas estão cruzadas
elas conseguem caminhar
ando com minhas pernas cruzadas
não sei onde irão chegar
elas conseguem caminhar
ando com minhas pernas cruzadas
não sei onde irão chegar
odeio todos os meus poemas
novos. escrevo
na tentativa de abrir as minhas
pernas.
novos. escrevo
na tentativa de abrir as minhas
pernas.
me sinto exausta
não consigo escrever
nada que me agrade
em versos, nem uma
resposta.
as palavras me engolem
enquanto penso
em escreve-las
tenho medo
de não saber.
as plantas me deixam
completamente ilhada
a culpa não é delas
se só consigo
falar sobre mim.
minhas palavras
acabaram,
igual minha fé.
desejo ter fé
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