PELAME
tua barba
de pelúcia
emaranhada
arranhando
minha cara
de safada
lendo o que
a língua
ultrapassa
boceta
translúcida
molhada
delirando
em memórias
aquecidas
nossa pele
desnuda
emudecida.
(Pierre Tenório)
segunda-feira, 7 de janeiro de 2019
domingo, 6 de janeiro de 2019
sábado, 5 de janeiro de 2019
sexta-feira, 4 de janeiro de 2019
MOINHO DE VENTO
uma das canções favoritas começou tocar
na vitrola que chegou a pouco dos correios
enquanto a melodia que acabei de compor ressoa
no pensamento e cantarolo o dedilhado atento
nas cordas da vizinhança ao fundo do peito
o carro de som anuncia liquidações de verão e
alguém desce as escadas deixando o barulho dos saltos
reverberar aos ouvidos o clique desfocado da câmera
velhas árvores espalhando folhagem o sol coroando jardins
com ventos em formato de notas musicais.
(Pierre Tenório)
uma das canções favoritas começou tocar
na vitrola que chegou a pouco dos correios
enquanto a melodia que acabei de compor ressoa
no pensamento e cantarolo o dedilhado atento
nas cordas da vizinhança ao fundo do peito
o carro de som anuncia liquidações de verão e
alguém desce as escadas deixando o barulho dos saltos
reverberar aos ouvidos o clique desfocado da câmera
velhas árvores espalhando folhagem o sol coroando jardins
com ventos em formato de notas musicais.
(Pierre Tenório)
quarta-feira, 2 de janeiro de 2019
sou a criança
que bebe
cerveja
e deseja
inibir a fumaça
engolir as lágrimas
afastar o mal
só digo que te amo
uma vez por ano
e por mais que pareça
desafio ou engano
repito no pensamento
sempre de vez em quando
não amo o tempo
porque ele me engana
e te leva pra longe
mas também te traz
e nos leva
gosto do desfecho do poema
de quando escreves
que me também me ama
sem sabermos do que se trata.
(Pierre Tenório)
que bebe
cerveja
e deseja
inibir a fumaça
engolir as lágrimas
afastar o mal
só digo que te amo
uma vez por ano
e por mais que pareça
desafio ou engano
repito no pensamento
sempre de vez em quando
não amo o tempo
porque ele me engana
e te leva pra longe
mas também te traz
e nos leva
gosto do desfecho do poema
de quando escreves
que me também me ama
sem sabermos do que se trata.
(Pierre Tenório)
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