segunda-feira, 17 de maio de 2021

você sabe que não estou falando 
como sempre falo as vezes
e me despreza com todo zelo
alega que estou anuviada pelo 
tempo perdido.
não estou falando sério,
nem falando mesmo.
não sei realmente o que significa ódio.

sexta-feira, 14 de maio de 2021

será que tô respondendo 

quando falo falo 

 depois de te ouvir calar

se te digo não te quero 

você diz que eu não posso 

me justificar 

por me apaixonar por vc 

não sei dizer porque 

que não é em vão o que 
falo antes de te conhecer 

não é pra comunicar 
se digo que preciso de um amigo 
intimo 

mas o tempo passa e sei que vou, vou  

enjoar de voce

voce vai se cansar de mim 
e eu vou amar curar vocÊ


palavras pra te responder
o que não sei também dizer 

quarta-feira, 5 de maio de 2021

inventaram para mim 
a morte

EVITA


sou uma puta que não transa
ainda assim diz que te ama
faz drama, reclama, também
te liga, depois desliga


meu amor é de fachada 
meio fio, calçada, fala
quando você coloca o pau
pra fora e eu adormeço 
sinto que o fim é o começo

meu amor, eu só te dou
tudo que tenho pois é 
tudo que invento, lento

o vento faz com que 
eu pense em outras coisas
para escrever e quando escrevo
sobre você, meu corpo levita.

me esqueço






sinto muito quando 
digo que te amo
mesmo por enquanto 
ou de vez em quando 

ai, quando te olho 
quase que te como 
pela fechadura
dessa porta aberta

quase me engano
dentro do meu sonho
rego tuas plantas 
leio tua cara

me dando um tapa
te sugo de graça
eu não valho nada
só faço pirraça.



pelos ruivos ou queimados
pelas pernas agarradas ao lençol
não tenho certeza se ele ama 
mais a mim ou estar coberto

acobertado pelos pelos 
do meu lençol 
é o meu lenço 


minhas palavras 
cospem nos meus pés

é como se o abraço
nunca chegasse

quanto mais espero
nada chega perto

e as lágrimas do meu copo
gotejam em minhas pernas 

minhas pernas estão cruzadas
elas conseguem caminhar

ando com minhas pernas cruzadas
não sei onde irão chegar

odeio todos os meus poemas
novos. escrevo 

na tentativa de abrir as minhas 
pernas. 


me sinto exausta 
não consigo escrever 
nada que me agrade 
em versos, nem uma 
resposta.

as palavras me engolem
enquanto penso 
em escreve-las 
tenho medo 
de não saber.

as plantas me deixam
completamente ilhada
a culpa não é delas
se só consigo 
falar sobre mim.

minhas palavras 
acabaram,
igual minha fé.
desejo ter fé

estou deitada ainda
mas, não sei se sou ela

ou ele e ela
sozinho elaboro versos

com a vista para o teto
imagino o sonho

de um braço inútil
me sufocando então

me sufoco de tanto 
querer um abraço

um abraço que tanto
não me abraça então

corro e escrevo.

cheia de vírgulas