quarta-feira, 16 de maio de 2012
Rejeita-se,toma jeito de massa de pastel.
A semente apodrece em solo infértil.
Anula os motivos criativos da tua existência.
Desgraça-te,degrada-te,
mendiga.
Humilha-te,castiga-te,
deseja.
Espera,faz tudo,faz nada.
Faz o possível do impossível,
já que o impossível é o que se tem.
Despe o corpo,veste o podre novo.
Sai daí,sai daqui.
Vá pra dentro do que há fora.
Sai de baixo,come tudo.
Agoniza,aterriza.
Apedreja a peleja do si.
Enforca-te,mutila.
Engole a saliva da vontade submersa
na lama do caos de Science.
Sofre tudo,ouve tudo,sente nojo.
Bebe a água do teu esgoto.
Come a merda da tua fossa.
Degusta...
Calado!
Pierre Tenório
domingo, 6 de maio de 2012
O corpo do corpo anseia um corpo,
que fure dolorosamente e friamente
um corpo que ama o vazio do vazio,
que preenche sem tristeza,o momento duramente.
Deslize suas mãos quentes no meu corpo frio,
quase morto pela ausência erógena da presença tua.
Deixa levar como o vento vadio,
que pelas ruas vagando corpos alheios,
leva a leveza da brisa ao orgasmo interno.
cale-se!
T,p
"As histórias escorrem por nossos dedos,
se encontram e se perdem.
Quando não acontecem,acontecem simplesmente
por não acontecerem,unem-se ao mar da expressão mais falha,
ou contra gotas apenas molham o papel escrito.
As histórias se diluem ao mesmo tempo que são concretizadas,as reais
se tornam fabulas,e as fabulas,fabulosas tentativas de historias reais.
Histórias coletivamente individuais,se completam e separam juntas.
Na dor,no amor gasto,lutam.
O fim da minha,é a continuidade da sua.
Tristes ou felizes,reais ou fabulosas,são histórias...
Que se contam em cada mente,que mente ao crer,e crendo sente.
A história da árvore,está na terra.
E a terra,é a nossa "estória".
Salve!"
Tenório,P.
quinta-feira, 3 de maio de 2012
Ando,Ando,Ando...
Penso no que vou fazer sem dizer,
o que espero de ti,vou partir.
Eu vou caminhando por aí,
sem saber de ti.
Quero que você me diga que eu,
sou bem mais pra você do que penso,
penso que posso fazer de você,
parte do meu elenco,eu ando.
Eu não vou
Admitir
Que você me persiga
Sou feito do vinho
Sou feito de cor
Quando você me preenche
eu sinto no ninho
o que minto
pra satisfazer
Peço a benção de Deus por aí
Venha pro meu corpo nú
E agradeço o pouco que tenho
Venha me beijar,Amém
Eu não vou mais esquecer de você
O que me toma não é teu amor
Amo,Amo,Amo...
Pierre Tenório
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